sexta-feira, 20 de março de 2020

COVID-19 DIA 01

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Faz tempo que não escrevo por aqui.

Estou morando em São Paulo. Hoje começou oficialmente aqui em casa o confinamento e o afastamento social devido ao NOVO CORONAVIRUS COVID-19.

Até anteontem à noite, estávamos certos de que tudo estaria normal. Ainda não tínhamos dispensado as funcionárias aqui de casa. Era uma babá diariamente e uma diarista duas vezes por semana.

Mas comecei a notar que todos meus amigos haviam dispensado suas empregada domésticas desde o início da semana, inclusive mantendo os salários, para que elas fiquem em quarentena também. Pois se você dispensa a funcionária e não paga o salário, ou ela morre de fome ou vai trabalhar em outra casa, então não adianta nada, nem pela sociedade, nem por ela, e você ainda vai ter que contratar outra pessoa depois (?) que tudo isso passar.

Bem, dispensamos a babá e a diarista. Nosso filho está por nossa conta, assim como nossa casa. Minha esposa trabalha em home office, e eu estou fazendo um dia de trabalho na rua para dois dias de trabalho em casa.

Não sabemos o quão difícil vai ser permanecer em casa trabalhando em home office, ainda cuidando do nosso filho e ainda deixando a casa habitável (lavar roupa, pendurar roupa, dobrar ou passar roupa, varrer a casa, limpar banheiros, trocar roupa de cama e toalhas, fazer compras, fazer comida, lavar louça, jogar o lixo fora, fazer a manutenção, etc)...

Bem, estamos em casa, por nossa conta, e não sabemos o dia de amanhã. Não sabemos o quão difícil vai ser, nem quanto tempo vai durar, mas começou hoje. É o dia 1.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

COACHING PARA CONCURSOS

Desde que comecei a estudar pra concurso público, pensava na ideia de ter alguém como "guru", pra me dar dicas de como estudar da melhor maneira, que pudesse acompanhar meu rendimento semanalmente da forma mais sistemática possível, que pudesse me orientar sobre os melhores cursos, os melhores professores, que já tivesse experiência anterior em concursos e pudesse me dizer como trilhar esse caminho da forma menos árdua possível. 

De início, não encontrei nada.

Ao longo do tempo, recebi um email de um famoso cursinho, que estava iniciando suas atividades com o coaching. De início, percebi algumas falhas, e apesar de querer muito o serviço, não o contratei. Achei o atendimento genérico demais. Fiquei com medo de um curso tão grande acabar não dispensando a atenção necessária que eu queria. Fiquei com receio do método e da grade de estudos ser muito engessada, e acabar não me adaptando ao sistema. Também achei o preço um pouco caro demais. Enfim, na época, não fiquei totalmente convencido de que seria uma boa aquisição, e apesar de estar procurando algo do tipo no mercado, acabei não contratando.

Na época, conversei com um amigo meu que tinha feito um curso de Coaching profissional, expliquei minha situação pra ele, mas apesar da especialidade técnica dele como coach, achei que faltava o conhecimento específico de concursos, e portanto também achei que não daria certo, e não contratei o serviço.

O que eu estava procurando era alguém que já fosse um concurseiro de sucesso, ou seja, que já tivesse passado em algum concurso, e preferencialmente no concurso para o qual eu estava estudando e me dedicando, que tinha uma banca muito específica (CESPE), um rol de conhecimentos também muito específico (área policial), e também com etapas muito específicas, que precisavam de conhecimento e experiência, como o Teste de Aptidão Física (TAF), Teste psicológico, etapa de exame médico, e também o famigerado Curso de Formação Profissional (CFP), que também é etapa de concurso e pode eliminar (e muitas vezes elimina, como eu vi vários amigos se perderem pelo caminho).

Bem, não encontrei o que eu precisava, com todos esses atributos reunidos em um único lugar... Como comentei acima, encontrei somente um serviço de um curso muito grande que não ia me dar a atenção que eu precisava e era caro demais, encontrei um coach profissional, mas que não tinha a menor experiência em concurso público e ia me dar um atendimento muito genérico... Acabei sendo o coach de mim mesmo.

Sim, eu fui o meu próprio coach. Acho que esse não é a forma ideal, mas como sou Engenheiro de Produção, sou extremamente analítico e metódico, na minha vida sempre li muitos livros de auto-ajuda, de organização pessoal, de estratégia pessoal, e de como atingir melhores resultados no lado pessoal e profissional, achei que eu poderia me organizar sozinho e conseguir o que precisava.

Dois grandes aliados meus foram meus "gurus", e seus respectivos livros, textos, videos e etc de auto-ajuda (como o Alexandre Meirelles e o William Douglas), e também o Excel, como ferramenta de aplicação do meu plano estratégico e controle das horas e matérias estudadas.

Nunca consegui me adaptar aos métodos pré-formulados que existiam no mercado, as planilhas de estudo pré-formatadas, os sistemas engessados. Com base na minha própria auto-crítica e experiência (erros e acertos), fui construindo meu método, com base também nas técnicas das outras pessoas (trocando ideias, dando e recebendo dicas, etc), e assim fui realizando meu feedback construtivo, aprimorando meu método a cada dia, otimizando meu estudo, canalizando meu esforço em direção ao sucesso, a fim de atingir meu objetivo final, que era a aprovação no concurso. 

Bem, desde que passei no último concurso de Escrivão de Policia Federal, tenho pensado na ideia de unir o útil ao agradável, e fazer coaching para concurso, nas horas vagas. Sempre gostei de ajudar as pessoas, e isso se demonstra através de várias ações minhas junto a amigos e colegas concurseiros, alguns deles até desconhecidos pra mim. Para exemplificar, fui integrante de um grupo de estudos formado por pessoas desconhecidas entre si na internet, mas que acabaram virando grandes amigos, em que quase 100% foi aprovado em algum concurso público federal ou estadual para o qual estava estudando, sempre na área policial. 

Mas mesmo depois que o concurso passou, recrutamos novos integrantes, repassamos o método, formamos líderes entre eles, e mantivemos a orientação e a motivação, para que continuassem estudando da maneira correta, com o nível de esforço correto, a fim de atingir o objetivo final. 

Para tal, mantemos com eles contato constante por email, e também nos comunicamos e passamos nossas dicas para todas as etapas do concurso através de um Blog. Ou seja, fizemos questão de repassar nosso conhecimento e experiência a outros concurseiros interessados na área policial, para não deixar que essa experiência fosse perdida no tempo, em vão. Isso me traz uma felicidade pessoal muito grande, pois vejo que o meu jeito de estudar está ajudando muita gente.

HOJE, penso em expandir um pouco essa forma de ajuda, só que de outro jeito. Penso em fazer coach específico e no nível PESSOAL para concurseiros da área policial (preferencialmente para a Policia Federal). 

A minha ideia, para começar, é ter um número bem limitado de pessoas, que eu possa ter um contato semanal (seja por email, skype ou telefone, o que for mais fácil e conveniente), onde os resultados da semana de estudos seriam comentados, os erros discutidos, as melhorias para a semana seguinte sugeridas e implementadas, etc. Nesse contexto, eu indicaria livros, professores, cursinhos, e sobretudo métodos de estudo, que é o principal ponto. 

O interessante do coach também é saber cobrar do aluno uma quantidade e qualidade de estudos no nível adequado para aquele determinado concurso, levando-se em consideração o tempo que o aluno já está estudando para aquele concurso, as horas livres que tem na semana para estudar, o seu nível de comprometimento com o resultado final etc. Acho que esse seria um grande aspecto do meu coaching.

Nesse meio tempo, de estudos, é importante também focar na parte física, área em que eu tenho vasto conhecimento empírico, dada a dificuldade que eu tinha nessa área, e do tanto que aprendi nesses anos de treinamento físico. Sei exatamente quais problemas e dificuldades uma pessoa que não treina absolutamente nada passa para chegar ao nível requerido por um concurso como o da Policia Federal, que tem provas de BARRA, SALTO, CORRIDA e NATAÇÃO.

Em resumo, creio que eu concentre os conhecimentos e habilidades necessários para ajudar concurseiros da área policial, pois vejam, sou Engenheiro, mas comecei DO ZERO a estudar Direito e passei na prova escrita; nunca fui atleta, mas praticamente me tornei um e passei na prova física; estudei meticulosamente todas as outras fases do concurso (Psicológico, Digitação, Exame Médico, e Curso de formação) para passar por elas sem nenhum "erro" que pudesse me deixar de fora. Além disso, sou Engenheiro de Produção pela UFRJ e trabalhei muitos anos na área de consultoria de gestão (managemente consulting) em multinacionais da área, sei como gerir um processo de mudança estratégico, seja em empresas ou em pessoas.

Além disso... Passei de primeira, estudei 16 meses apenas para esse concurso, somando 1.000 (mil) horas de estudo, o que dá uma média de aproximadamente 2 horas liquidas por dia, tudo documentado no meu controle de horas no Excel, o que pra muitos é uma quantidade ridícula de estudo (muita gente fala que tem que estudar 10 horas por dia, mas acho desnecessário), mas o que é feito com técnica e com foco rende muito mais...

Estou querendo ser o COACH de pessoas que tenham muita vontade de passar para o concurso da Policia Federal, que tenham tempo disponível e disciplina para estudar com bastante seriedade, que tenham foco, que sejam inteligentes, espertas e dedicadas/esforçadas. Esse é o meu perfil como estudante concurseiro, e busco pessoas assim para que possa repassar meu conhecimento e ajudar nessa árdua estrada.

Bem, essa é a ideia que me surgiu de uns tempos para cá. Ainda não sei como colocá-la em prática, mas estou pensando nisso. Se você tiver ideias a respeito, ou acha que seria um bom candidato a ser meu COACHEE (indivíduo que é cliente do Coach), deixe uma mensagem, e vamos trocar uma ideia.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

QUASE 1 ANO DEPOIS

Olá pessoal. 

A última vez que estive aqui foi em dezembro de 2013. Naquela época, eu ACHO que já estava totalmente aprovado para fazer o XXXVIII CFP EPF (curso de formação de escrivão de polícia federal), só treinando de leve, e aguardando o início do curso, que seria em Fevereiro de 2014. Ainda assim, mesmo já aprovado pra fazer o curso, rolava muita insegurança. Não tinha quase nenhuma noção de como seriam as atividades na ANP, se eu teria perfil para o cargo, se resistiria aos treinamentos físicos, se passaria em todas as provas, se não me lesionaria durante o curso, se iria realmente me identificar com o DPF, se iria fazer bons amigos, enfim, se conseguiria me superar, e passar em mais essa etapa do concurso. Sim, pois o curso de formação da PF ainda é etapa de concurso, e os alunos podem ser desligados a qualquer momento.

Acabou que eu nem falei sobre o curso, em si. Posso falar aqui rapidamente algumas coisas... Acho que os fóruns tipo Correio Web já possuem informações suficientes para os "aspirantes". Antes de fazer o curso eu tinha muitas dúvidas de como ele seria, como um todo, e lia muita coisa por lá, só que não tinha certeza de como seria. Na verdade acho que as informações que existem nesse fórum são bem precisas. Se eu soubesse disso, teria pego mais bizus lá, perguntado pros antigões, teria me preparado melhor com base nas informações que tem lá.

De uma forma geral, acho que o curso não é "impossível". Vi muita gente "comum" superando todas as etapas, e aparentemente sem ter que arrancar os cabelos. O que acontece é que existe uma disputa muito grande pelo ranking final, que vai determinar a cidade na qual você será lotado nos próximos 5 anos da sua vida, pelo menos. Isso mexe com a cabeça de muitos, mas não todos. Isso significa que muita gente fica desesperado, estudando e treinando pra cacete, pra tentar ficar nos primeiros lugares. Porém, também tem muita gente que não tá nem aí pra isso, treina pouco, estuda pouco, e dane-se o resultado final, meio no esquema "o que vier tá bom pra mim". Portanto, se você for razoavelmente inteligente e/ou esperto, e se não estudar que nem um louco, se não treinar que nem um louco, você provavelmente vai ficar numa posição mediana, e não no final do ranking. Eu estudei pra cacete, treinei bastante também, e fiquei razoavelmente bem colocado (entre os 100 primeiros, digamos assim), mas no final das contas não fez muita diferença, porque acabei escolhendo São Paulo. Um dia eu comento a escolha de vaga especificamente...

Bem, o curso então não é impossível. Ele é apenas TRABALHOSO e CANSATIVO. Você não precisa ter uma performance excepcional na parte física, no tiro, e nas habilidades operacionais, nem nas provas objetivas. Apenas precisa ter muita raça e paciência, ter disposição pra acordar muito cedo, dormir pouco, e aturar um regime de internato vivendo com 5 marmanjos no mesmo quarto apertado e fedido por um período de aproximadamente 5 meses. A comida é ruim, a estrutura é meio precária, você fica longe de casa, dorme pouco, assiste muitas aulas, fica sob aquele regime meio chato de disciplina o tempo todo, etc, isso CANSA, mas como disse: não é impossível.

Acho que o importante mesmo é tomar cuidado pra não se machucar de bobeira (ex: jogando rugby com os coleguinhas nas horas vagas), não fazer nenhuma grande merda (do tipo colar na prova, ou algo bem estúpido assim), não querer ficar o tempo todo querendo fazer gracinha ou aparecer, não arrumar briga/confusão com ninguém (professores, colegas, orientadores, servidores etc), ser humilde, estudar razoavelmente, se divertir nas horas certas (faz parte!), tentar aprender o máximo possível de coisas práticas que vai usar no seu dia-a-dia, entender o máximo possível de SEGURANÇA PESSOAL, e sobretudo fazer contato e amizade com os professores e alunos, que serão seus futuros colegas, pessoas com quem você vai conviver por muitos anos, tirar dúvidas, trocar ideias, ajudar e ser ajudado, etc. 

O curso de formação da Policia Federal foi um momento muito importante na minha vida. Me tornou uma pessoa diferente. Trouxe novos amigos e colegas. Aprendi um novo ofício, conheci uma nova cidade, aprendi a morar sozinho e me virar, etc. Foi uma experiência muito boa, e eu faria tudo de novo, se fosse possível (só se não tivesse o risco de ser reprovado! hehehe).

Bem, hoje em dia tomei posse, entrei em exercício, e estou trabalhando pra caramba numa delegacia especializada em São Paulo, capital. Em 3 meses de trabalho já participei de várias operações, e estou gostando da atividade. Estou perto da minha terra natal, perto dos meus amigos que moram aqui em Sampa, e aprendendo a desbravar esta cidade. Não quis ir pra fronteira, pois achei que iria fazer mal pra mim (isso dá pano pra manga, então eu comentarei numa outra oportunidade).

Espero poder postar coisas novas e interessantes aqui sobre o cargo de EPF, sobre a Policia Federal, etc. Em breve!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

COMO VERIFICAR SE UM VEÍCULO É ROUBADO

O Sinesp Cidadão é um produto da maior plataforma tecnológica sobre segurança pública do país, o Sinesp – Sistema Nacional de Segurança Pública. O sistema é gerenciado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça – SENASP. 

O primeiro módulo do Aplicativo Sinesp Cidadão é o Consulta Veículo que permite a qualquer pessoa consultar, principalmente por meio de dispositivos móveis, em segundos, se determinado veículo consta como roubado, furtado ou clonado em todo o país. 

A ferramenta gratuita irá facilitar o trabalho da polícia na recuperação deste veículo. Com a contribuição de todos, as ruas ficarão mais seguras. 

Após instalar o Aplicativo Sinesp Cidadão / Consulta Veículo, basta digitar a placa para saber a situação do veículo que você deseja pesquisar. Caso a resposta seja de que o veículo é furtado ou roubado, a informação aparecerá destacada em vermelho. Preste atenção também se os dados da placa informada conferem com as características do veículo no sistema. Caso elas sejam diferentes, a placa pode ser falsa ou furtada de outro veículo. Ela ainda pode estar sendo utilizada em um carro clonado. 

Caso alguma irregularidade seja constatada, você deve acionar a polícia pelo telefone 190. Uma equipe será direcionada ao local, onde será feita a checagem das informações com os procedimentos corretos, sem identificar de quem ou de onde partiu a denúncia. A ligação será anônima e sua identidade será preservada em qualquer que seja a situação. Por sua segurança, vale destacar que você não deve fazer abordagem ou se aproximar de veículos cuja situação no Consulta Veículo seja de registro positivo para furto, roubo ou clonagem.

SITE: https://www.sinesp.gov.br/sinesp-cidadao

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

MAIS DICAS PARA O TAF DA POLICIA FEDERAL

Um amigo meu me mandou email esses dias com a seguinte pergunta: "meu camarada, como foi seu treinamento para o TAF? Quando começou a treinar pesado? Era diário? Todos os exercícios? Onde trinava, pista, rua ... ? Teve apoio de professor?"

Não organizei muito as respostas, mas foi mais ou menos assim, caso interesse a alguém também.


TEXTO DA RESPOSTA:

"Fulano, eu era 100% sedentário quando comecei a treinar. Mas eu comecei CEDO, isso é que é importante. Eu comecei a treinar exatamente na mesma semana que comecei a estudar pra PF, em março de 2012. Bem, o importante, eu acho, é começar BEM DE LEVE. Não adianta sair querendo fazer 15 barras, correr 2400 metros, etc. Eu demorei uns bons 6 meses pra pegar um ritmo RAZOÁVEL de treino, sem sacanagem. Tem que ter muita disciplina, força e ao mesmo tempo paciência pra ir melhorando os índices de pouquinho em pouquinho. Se você sair querendo aloprar, vai se machucar sério. 


Eu sempre gostei de treinar no máximo 6x por semana (normalmente menos até, 4-5x por semana, porque sempre pinta uma chuva, um compromisso, uma preguiça (inevitável) e acaba que não consigo chegar a 6x). Comecei fazendo quase todas as modalidades 3x por semana (menos SALTO, que é muito puxado, tem que treinar bem menos frequente). 

Vou te dar um exemplo, mas eu nem sempre cumpria à risca, usava apenas como referência: 

Segunda - Natação e Musculação (incluindo barras) 
Terça - Corrida 
Quarta - Natação e Musculação (incluindo barras) 
Quinta - Corrida e Salto 
Sexta - Natação 
Sábado - Corrida e Barra (sem musculação) 

Na verdade, você tem que encontrar um ponto ideal de treinamento em que seu corpo esteja já recuperado do ultimo treino, mas sem passar muito tempo entre um e outro. Tem um ponto ideal aí que você tem que encontrar, que vai aumentar cada vez mais o seu rendimento. Quem é da área de educação física pode te explicar melhor como isso funciona (eu nem sei qual o nome técnico disso).

Eu jamais corri 2 dias seguidos por exemplo, porque acho que o corpo precisa de um dia inteiro sem exercício de pernas, para poder descansar e se recuperar para o próximo. Se você descansar muito tempo, perde o ponto ideal para ter o ganho de performance. Se descansar de menos, também não conseguirá aumentar a performance, e pode acabar inclusive com overtraining. Já a natação, se você quiser fazer mais de 3x por semana, por ter menos impacto, acho que pode (se quiser). 

Sim, tive ajuda de profissionais. Na natação, me associei a um clube, e pedi orientação específica ao professor para o TAF, que me ajudou com muita proximidade e cuidado. No inicio eu nao tinha folego nem pra atravessar a piscina, mas depois comecei a pegar o jeito. O professor tem que corrigir seus vicios de movimento logo no inicio, pra voce nadar corretamente. Depois, é só "contar azulejo". Peça a ele pra passar exercicios de respiração também (tipo nadar bloqueado, etc), pois ajudam no folego. Treine a "virada" o quanto antes também, porque isso ajuda no tempo da prova. Depois de uns 3 meses de natação, já dá pra começar a tomar seu tempo de tiro de 50 metros. Não se assuste se por acaso seu tempo for muito alto (muito acima de 41 segundos). Eu comecei fazendo 50 segundos, algo assim, depois de um tempo caí pra 37. E muito da técnica do TIRO é a parte psicológica... você vai aprender que, pra dar um bom tiro, tem que praticamente "morrer afogado", é como se fosse o apocalipse. São 40 segundinhos com pouco ar, mas passa rápido,então, quando estiver dando o tiro, não se preocupe com "caralho, não to conseguindo nem respirar direito, vou me afogar aqui, vou morrer do coração" --> NÃO VAI NÃO... Se você der o tiro e se sentir num turbilhão, no apocalipse, quase que uma sensação de afogamento e desmaio, AI SIM você está dando seu máximo no tiro. Você vai perceber isso quando chegar nesse dia. E outra coisa: quando for dar o tiro, dê o tiro como se estivesse realmente na prova. Pense assim: "essa é a ultima prova do TAF que falta pra eu ser FEDERAL, então vou nadar o mais rapido possivel e com toda a minha força". Essa parte psicologica é o que mais conta. E por ultimo: se o prof inventar de ficar dando 10 tiros seguidos, ESQUEÇA.... treine no maximo 2 tiros por dia (com intervalo bem razoável entre eles). Eu lembro de uma menina do meu curso que falou que o prof dela mandava ela dar 10 tiros, ai ela já ficava BOLADA (olha o psicologico ai!...), pois sabia que ficaria exausta e "morreria" no meio da piscina já no segundo ou terceiro tiro. Isso é porque o corpo nao tem energia pra ficar dando tanto tiro assim, um atrás do outro, pois o tiro gasta uma energia absurda. Entao ela ja dava o primeiro tiro toda molenga, com preguiça.... por isso ela NUNCA atingia o resultado. Uma vez eu falei pra ela: faz assim um dia, chega lá e fala pro prof que você vai dar um UNICO TIRO, e pronto, nada mais, e veja se o seu tempo não vai ser absurdamente melhor... NAO DEU OUTRA. 

NA corrida, entrei num grupo de corrida, isso me ajudava a ter a disciplina pra ir correr. Se não fosse o grupo de corrida, eu ficaria em casa vendo TV, com preguiça. Eu alternava corridas de rua (é ideal pro TAF correr na rua o quanto antes) com corridas na esteira (também é bom, porque é uma corrida de recuperação). Meu professor sabia do meu objetivo (2400 em 12 minutos) e me orientava toda semana especificamente pra isso, com aumentos graduais leves a cada semana, sem pressa, sem afobação. Só comecei a fazer simulados (de 2400 metros) a 2 meses da prova, mas achoque deveria ter começado antes até... dei um pouco de mole nisso, mas no final deu certo mesmo assim (mas eu teria começado antes). Mas também nao precisa comecar os simulados antes de ter 6 meses de treino, porque seu corpo precisa de tempo pra se adaptar. Compre um tênis bom para a sua pisada, com bom amortecimento (com gel).

Sobre as barras, eu fazia em casa quando era moleque (aquelas barras que ficam na porta do quarto). Entao eu comprei uma barra nova (porque a minha era velha, nem sabia onde tava), e comecei a fazer em casa mesmo. Comecei com 4 barras, no maximo, pois estava há pelo menos uma década parado... mas com o tempo esse número vai subindo, cheguei a fazer 18 barras no meu auge. Conforme seu corpo vai perdendo peso, você vai fazendo as barras com mais facilidade. Inclusive eu acho que chegando perto da data do TAF vale a pena PARAR de fazer musculação, e fazer só os treinos específicos (corrida, natação, barra e salto), porque ai voce vai perder peso, e isso ajuda muito na barra, no salto, etc, porque é menos peso pra empurrar/subir. Bem, enfim, as barras eu sempre fiz por conta própria, sem ajuda de profissional. 

Sobre o salto, esse também dei mole, comecei a treinar tarde. Achei que fosse fácil, mas não era. NO meu caso, faltava força de explosão pra dar a impulsão, e eu saltava no máximo 2,00-2,10. CUIDADO quando treinar salto, porque exige bastante aquecimento antes e alongamento. PODE NAO PARECER, mas força DEMAIS os musculos da perna, coluna lombar, joelhos, e todas as articulações do seu corpo. É foda.... Eu recomendo fazer exercicios pliométricos também (igualmente, com a ajuda de um profissional). Procure um professor pra te ajudar. Pode ser o mesmo professor da corrida, inclusive. É bom que você já treina as duas coisas ao mesmo tempo. Não treine salto mais que 2x na semana. Acho que 1x na semana já tá bom demais."

Bem, era isso. Futuramente enviarei mais dicas específicas de cada modalidade. 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

FASES DA VIDA DE CONCURSEIRO

Todo concurseiro passa por diferentes fases de aprendizado e maturidade na caminhada para o sucesso no concurso público. É engraçado de ver como a gente aprende, de verdade, com esse processo. Muitas vezes a gente só se dá conta de que realmente existiu tal "fase" depois que passamos por ela, e aí conseguimos enxergar claramente que ela de fato ocorreu, e aí podemos rir da nossa ingenuidade no passado, e nos orgulhar de como evoluímos depois de passar tanto perrengue. 

Acredito que se eu lesse um post como esse há alguns anos atrás eu acharia que seria "balela", e que facilmente poderia transpor esse obstáculos com muito mais facilidade, pois confiaria plenamente na minha capacidade intelectual. Só depois de sofrer na pele é que a gente entende que realmente o buraco é bem mais embaixo. Hoje em dia vejo que uma das grandes virtudes do concurseiro é a humildade. 

A humildade te ajuda a subestimar menos o desafio que terá pela frente, e assim ser capaz de ouvir mais conselhos de pessoas experientes, trocar mais materiais de estudos (sem pirataria), estudar a maior quantidade de horas por dia que conseguir (pois o humilde reconhece que o desafio é muito grande, muito maior que sua capacidade atual), focar e concentrar mais na missão que tem pela frente, que não é nada fácil. Mas, enfim, vamos às possíveis fases que o concurseiro passa durante sua árdua maratona.

Fase 1 (ouvindo falar sobre concurso) - Nessa primeira fase, ainda tomando contato inicial com algumas informações bem isoladas sobre concurso, o aspirante a concurseiro tem alguns amigos que passaram para concurso público, e ainda não procurou se informar direito com eles sobre o quanto eles estudaram, apenas sabe que eles passaram, mas não tem a menor ideia do quanto estudaram, e por isso tende a acreditar que foram poucas horas. Até porque quem passa em concurso não necessariamente é o mais inteligente do grupo, ou o que tirava as melhores notas no colégio, então o camarada tende a enxergar o concurso como algo que é facilmente atingível por uma pessoa mediana, sem precisar estudar muito, com base nesse seu amigo que nunca foi muito esforçado NO PASSADO. Ou seja, nessa fase o cara não é concurseiro ainda, mas já OUVE FALAR algumas coisas sobre concurso, não entende nada do assunto ainda, não conhece os cursinhos, não sabe quais as matérias que caem, não tem ideia da dificuldade de cada banca, de cada instituição, etc. Nessa fase ele apenas acha que concurso é coisa da moda, que é fácil de passar, e que ele um dia vai acabar se inscrevendo em um concurso, vai lá fazer a prova apenas de posse do seu bom-senso e do seu conhecimento acumulado de colégio/faculdade e vai se dar bem. Nessa fase ele ainda acha que concurso não é pra ele, é pra vagabundo que não quer trabalhar, que quer vida fácil, e acha que a qualquer momento, se encher o saco do seu trabalho atual, poderá passar num concurso público com facilidade, assim como seus amigos burros/vagabundos fizeram.

Fase 2 (tentando alguns concursos) - Nessa fase o camarada já está com o saco um pouco mais cheio do chefe, e já está cogitando fazer concurso público, e tem a convicção de que é mais inteligente que todos seus amigos que já passaram em concurso, e por isso vai passar bem rápido, em apenas 6 meses, facilmente. Já procura saber quais concursos estão rolando na sua região, sem se importar muito com a função que exercerá no cargo, mas somente analisa o LOCAL de trabalho (cidade), qual o SALÁRIO, e algumas vezes chega a olhar a quantidade de vagas oferecidas. Acha que isso é suficiente para escolher como vai fazer para direcionar a sua vida daqui pra frente. Filtra os concursos públicos que aparecem na Folha Dirigida com base nessas três informações apenas, e já chega a se inscrever para os concursos que pagam os melhores salários. Mal olha o edital, dá uma olhada bem superficialmente, quase que DE CURIOSIDADE, em quais matérias cairão na prova, e acha que "dá pra passar". Não tem nenhuma estratégia definida, escolhe os concursos com base nessas informações, não se prepara em nada, não tem nenhum livro, não estudou nada, e nem pretende. Às vezes, mas muito raramente, já pega um determinado assunto do edital, normalmente o que tem mais afinidade/facilidade, e dá uma revisada INICIAL na matéria, mas perde logo a paciência e deixa de lado. Algumas vezes nem chega a ir fazer as provas para o qual se inscreveu e pagou a taxa de inscrição. Algumas vezes, chega a ir fazer a prova. Sai da prova sem ter muita noção se foi bem ou mal, mas normalmente acha que foi BEM, por absoluta falta de propriedade do assunto.

Fase 3 (se ferrando nas provas) - Nessa fase, o camarada já se inscreveu em algumas provas, fez algumas delas, sempre SEM ESTUDAR, e se ferrou em TODAS. Apesar de ter saído das provas com uma sensação de ter mandado bem, confiando no seu "excelente bom senso", normalmente nem obteve a pontuação mínima pra não ser eliminado. Daí o cara começa a ficar revoltado com a banca, acreditar que tem fraude no concurso, começa a ver as pegadinhas que tem nas perguntas, a maldade da banca, e o tamanho do buraco de cada matéria. Se for uma matéria tipo Direito ou Administração, ele vê que o bom senso não adianta em nada, pois as questões tem pegadinhas, e é necessário bem mais que isso pra marcar a resposta certa. Se for matéria que tenha conta matemática envolvida, tipo Estatística, Matemática, Física, Economia, Contabilidade, etc, ele tenta fazer as questões por tentativa e erro, pela lógica, mas é óbvio que nada disso é suficiente pra mandar bem numa prova deste tipo, ainda mais pra competir com alguém que está todos os dias estudando há anos aquele assunto, revisando, treinando, tirando dúvidas com professores e amigos, assistindo aulas, fazendo simulados. É muita pretensão mesmo alguém achar que vai passar nas provas de concurso público sem estudar nada. Mas tem muita gente que pensa assim, e chega até essa fase. O que acontece é que aqui nesse ponto acontece uma coisa interessante: há a divisão do joio e do trigo. É neste ponto em que o camarada segue um dos dois caminhos possíveis: ou desiste pelo cansaço, pois não tem disposição/tempo/dinheiro/inteligência (inteligência! viu só? hehehe) para estudar pra concurso, ou aceita o desafio e COMEÇA a enxergar a coisa de uma forma diferente, e a correr atrás do prejuízo. Normalmente 90% das pessoas seguem o caminho da desistência, pois é o mais fácil de todos. 

Fase 4 (o concurseiro interessado) - Nessa quarta fase, quem chegou até aqui está dentro dos 10% que não desistiram ainda, e que se sentiram realmente desafiados pelo concurso, e acham que são capazes de se superar. Nessa fase o camarada já está pensando em largar o atual trabalho para se dedicar 100% aos estudos, mas ainda não fez isso, porque acha que se estudar um pouquinho aos sábados já vai conseguir a aprovação. Não tem método de estudo organizado, tem pouquíssimos livros ou apostilas, não estuda todas as matérias que caem no edital (só as que gosta mais, que tem mais afinidade). Se faz cursinho, é online, e mesmo assim não assiste nem 10% das aulas (geralmente nessa fase o cara joga muito dinheiro no lixo). Costuma-se dizer que esse é um INTERESSADO em passar no concurso público, mas ainda NÃO COMPROMISSADO, pois ainda não abriu mão de muitas coisas da sua vida, como suas horas de lazer nos dias de semana à noite e nos finais de semana. Ele acha que consegue passar no concurso fazendo o MÍNIMO POSSÍVEL de esforço. Já faz as provas com mais afinco, mas continua não conseguindo fazer o mínimo para não ser eliminado. Já chega bem perto do mínimo, algo em torno de 2 pontos, e acha que está bem próximo, mas ainda está beeeeeem longe. Talvez em um concurso ou outro mais fácil já consegue fazer mais do que o mínimo para não ser eliminado, e já tem o hábito de falar para seus amigos e familiares que "PASSOU MAS NÃO FOI CHAMADO", que é a piada mais ridícula que eu já ouvi da boca de alguém. Aliás, tem um post meu específico sobre isso, que entra em todos os detalhes que levam uma pessoa a pensar dessa maneira, e sair falando por aí que "passou mas não foi chamado", ou "passou mas não foi classificado". Ora, só passa no concurso quem é nomeado... Eu hein. Mas enfim, pra finalizar, o cara ainda não tem uma estratégia definida, e continua atirando pra todos os lados, se inscrevendo para os concursos ainda com base naqueles critérios de salário, local de trabalho e vagas. Ao final dessa fase o cara começa a ficar muito puto, sem entender porque é que não está conseguindo passar, mesmo tendo adquirido livros e cursos (mesmo sem sequer abri-los), e estudando um pouquinho no final de semana, mas ainda enchendo a cara 4 vezes na semana, sem dormir direito, sem abrir mão do lazer, sem estratégia, sem método, sem mergulhar de cabeça nesse sonho.

Fase 5 (início do concurseiro profissional) - Nessa quinta fase o cara começa a estudar ALGUMA COISA. Alguns que realmente compraram o desafio já pedem demissão dos seus atuais empregos. Mas mesmo que não peça demissão imediatamente, já considera a "chave" como estando totalmente virada, ou seja, está num caminho sem volta para o concurso, e sabe que alguma hora vai acabar pedindo demissão, seja antes de passar (para estudar mais) ou depois de passar (quando for trocar a vida privada pela pública). Nessa fase os investimentos pessoais começam a ficar mais pesados. É muito difícil alguém chegar nessa fase, porque tem que ter uma mudança muito radical de atitude. Geralmente o cara começa realmente a ler os livros que comprou, a assistir os cursos online que adquiriu, muitas vezes começa a fazer cursos presenciais, ter contato mais frequente com outros concurseiros, conhecer os melhores professores, a fazer resumos, etc. Aqui também há uma mudança na atitude com relação à escolha do concurso que quer fazer. A experiência já diz a ele que não adianta atirar para todos os lados, pois as bancas são muito diferentes entre si, as matérias dos concursos, por mais que sejam "parecidas", são diferentes. Mesmo as matérias em comum são abordadas de formas diferentes, não dá pra estudar pra todas elas ao mesmo tempo. Há um aumento significativo no foco, pois "quem estuda pra todas as provas não estuda pra nenhuma", é muito difícil passar num concurso sem estar focado em alguma banca, em alguma instituição, ou num grupo de matérias. Daí então o cara já tem que ter decidido aqui se quer estudar pra empresa pública/SEM (ex: Petrobras/BR, Correios, Casa da Moeda), se quer estudar para alguma Agência Reguladora, ou pra Tribunal, pra Área Policial, Área Fiscal, etc. Ou seja, desse ponto em diante o cara começa a se tornar um sniper. Ainda está longe de ser um, mas começa a focar numa determinada área. Se aparece algum concurso bom de uma outra área de estudo, ele às vezes ainda vai lá fazer a prova, mas já tem a convicção de que se passar será por pura sorte, pois não está estudando especificamente para aquela banca, para aquela instituição. Nesse ponto aqui o concurseiro já pode ser chamado efetivamente de concurseiro, pois já tem uma bagagem de mais de um ano de estudo, ou algo em torno disso. Ainda não abdicou 100% das atividades paralelas que dificultam a realização do seu sonho, como o lazer, a família, o atual trabalho, o álcool no final de semana, as festas, os amigos, etc. Mas já deixa de ir a determinados compromissos para estudar, para dormir cedo, etc.

Fase 6 (o concurseiro compromissado) - Essa é a fase final que o concurseiro atinge. Daqui em diante, ele não está mais "interessado" em passar no concurso, ele já está totalmente compromissado com isso. Quase que 100% das pessoas nessa fase já largaram seus empregos para se dedicar exclusivamente ao estudo. A sua única prioridade é estudar, e todas as outras atividades são secundárias, de menor valor e importância. É aqui que se aprende a dizer NÃO para o chopp de quinta-feira e para a noitada de sexta-feira. É aqui que se aprende a dormir cedo, acordar cedo, dormir poucas horas por dia. É aqui que os livros de auto-ajuda são devorados (tipo Alex Meirelles, William Douglas) e colocados em prática de acordo com cada realidade, ou seja, onde se experimente o que dá certo e o que não dá. A grade de estudos é fixa, a parede de casa é cheia de papéis com resumos, frases de feito. É neste momento que some-se do mapa, os amigos são vistos com menos frequência, a namorada começa a reclamar, a cor da pele começa a ficar cada vez mais clara devido à falta de sol. Suplementos alimentares são cada fez mais adquiridos (cafeína, guaraná, ginseng, etc). A pessoa começa a ser chamada pelo nome pelos professores, começa a ter vários amigos concurseiros, já frequenta bibliotecas (bate cartão todo dia), tem grupos de estudo presenciais e virtuais, participa de fóruns de discussão, responde emails, dá e recebe dicas, troca materiais/resumos, etc... O camarada já tem vários livros do mesmo assunto, todos devidamente marcados com marca-texto, tem pilhas de resumos, já fez os mesmos exercícios várias vezes, e principalmente: já começou a fazer simulados, pelo menos uma vez a cada 15 dias (embora eu ache que o ideal seja 1 vez por semana). Nesse ponto realmente pouquíssimas pessoas chegam, e são essas pessoas que passam nos concursos. 

Se você leu tudo e chegou até aqui, pode achar uma loucura alguém chegar nesse ponto, ou então está tão empolgado e excitado em compreender como é que se chega até aqui, que já pensa em começar a fazer TUDO imediatamente. 

CALMA!

Saiba que cada coisa acontece no seu tempo. Esse processo é uma evolução natural. Claro que ajuda bastante se a gente colocar um "aditivo" pra acelerar esse processo, e acho bastante válido fazer isso, mas tenha consciência de que você pode não conseguir absorver isso de forma tão rápida e automática. De qualquer forma, é totalmente pertinente se colocar metas desafiadoras.

O que fazer neste momento? Ter a maturidade de entender em que fase você realmente está, e como fazer para subir para a fase seguinte, depois para a seguinte, e assim por diante. Você pode até pular as fases, claro, óbvio, mas pense se conseguirá absorver essa mudança radical de uma hora pra outra. Quem tem bastante gás, força de vontade, recursos e determinação vai conseguir pular as etapas muito mais facilmente. Outros precisarão de mais tempo tomando porrada da vida pra aprender que realmente nada se consegue sem esforço. Uma coisa é certa: MIRE A ÚLTIMA FASE, a do CONCURSEIRO COMPROMISSADO. Faça de tudo para chegar a esta etapa, custe o que custar, demore o tempo que demorar. Mas procure-a, cace-a, obstine-se por ela, pois só estando nesta última fase por um bom tempo (1 a 2 anos, no mínimo, e isso considerando uma pessoa mediana, nem muito inteligente nem muito burra) é que você atingirá o sucesso. Não se iluda.

BOA SORTE!

sábado, 16 de novembro de 2013

FIM DA PRIMEIRA ETAPA DO CONCURSO DE ESCRIVÃO DE POLICIA FEDERAL 2013

Estamos amanhã finalmente chegando ao fim da primeira parte do concurso para Escrivão da Policia Federal. 17 meses se passaram desde o lançamento do primeiro edital em Junho de 2012 até agora. O concurso ficou suspenso de Julho de 2012 até Maio de 2013 (10 meses de suspensão), o que deu tempo pra caramba pra estudar e se preparar melhor. Acho que se isto não tivesse acontecido eu estaria hoje sentado nesta cadeira estudando alguma coisa, ao invés de estar escrevendo esse texto. Logo, há males que vêm para o bem. Imagino que muitas pessoas quando souberam da suspensão do concurso se desanimaram, pararam de estudar, ou até mesmo desistiram do concurso. Eu não, eu intensifiquei ainda mais meus estudos, mesmo sem saber quando esse problema seria resolvido. Aproveitei a oportunidade que Deus me deu para me preparar mais ainda para esta difícil prova.

Bem, de lá pra cá tivemos a prova escrita em Julho de 2013, o famigerado TAF em Setembro, o exame médico, teste psicológico, e amanhã finalmente a prova prática de digitação, para encerrar com chave de ouro este primeiro ciclo.

Hoje faltam exatamente 79 dias para o início do curso de formação na Academia Nacional de Polícia em Brasília, e creio que de hoje até lá seja muito importante a preparação física, tanto no condicionamento físico geral, quanto ao treinamento específico das provas do TAF, sem relegar nenhuma modalidade (leia-se: treinar também o salto é importante). Hoje estou correndo muito melhor do que eu corria em Setembro (época do TAF), nadando talvez um pouco pior, e fazendo barras de forma igual. Salto, não faço ideia, pois parei de treinar desde aquela época, mas prometo que vou treinar toda semana até o início da academia. Vou realmente me dedicar a isso, para não correr riscos.

Os próximos passos também devem ser:

1) Pesquisar/comprar os itens do enxoval do curso de formação;

2) Emitir as certidões negativas (como algumas têm validade de 90 dias, então já podem ser emitidas desde já, sem risco de perder a validade - a não ser que o início do curso seja adiado, o que eu acho muito difícil);

3) Separar a documentação necessária para a inscrição no curso de formação.

Parece que no dia 27/11 serão divulgados os resultados do Exame Médico e do teste prático de digitação, se não houver adiamento, é claro. Espero que se houver, não seja mais de 10 dias.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

TESTES PSICOLÓGICOS -- COMO SE PREPARAR?

Esqueci de mencionar aqui que acabei passando no TAF da PRF, e já fiz até o exame médico, e ontem fiz o teste psicológico. Depois vou fazer posts específicos sobre o TAF e sobre o exame médico, mas agora quero comentar algo importante: a preparação para o teste psicológico.

Muitas pessoas ficam preocupadas com esse teste, e não é pra menos. É um teste misterioso, tem pouca informação com ele, como todos já sabem. No meu caso, geralmente vou muito bem nos testes específicos, de atenção, memória, raciocínio (espacial, verbal, etc). Minha maior preocupação é com os testes de personalidade, porque pouco se conhece sobre o tipo de perfil desejado. 


Mas enfim, o que eu queria comentar aqui é sobre a preparação para o teste. Pra quem vai prestar esse teste, as duas maiores fontes de informação são o Manual do Concurseiro Robson 2a. edição, e o site Psico Hood. Basta procurar no Google que você vai encontrar as duas fontes de informação. O Manual é um documento em PDF que foi relançado em Setembro de 2013, e o Psico Hood é um site que tem diversos testes disponíveis para baixar e testar. Acho que a melhor metodologia é ir ler o manual do Robson primeiro, e depois ir ao Psico Hood, imprimir os testes, e fazê-los.


Mas tem gente que continua insegura, e acaba procurando uma "psicóloga especializada". Aqui no Rio de Janeiro existem algumas que fazem isso, e eu não vou citar nomes, mas uma delas fica em Jacarepaguá, outra em Bangu, e tem mais duas empresas que preparam pro teste físico (TAF) e também têm essa modalidade psicológica. Quem está correndo atrás dessa informação já sabe de quem eu estou falando, por isso não preciso citar nomes.


Bem, eu fui em uma dessas psicólogas para fazer minha preparação para a PRF, e fiquei muito decepcionado com o resultado. Segue aqui o resumo do que rolou por lá. E lembre-se: a ideia não é desmotivá-lo a consultar uma psicóloga, mas sim te preparar para o que você possivelmente vai encontrar lá. Não sei se todas as psicólogas funcionam assim desse jeito (ruim), mas, pelo menos essa que eu fui, foi assim, e eu achei um lixo. Se alguém conhecer algum lugar BOM, melhor do que esse, pra poder se preparar pro teste psicológico, me avise por favor. :) Bem, vamos lá:


A psicóloga até entende um pouco sobre os testes, mas os pontos negativos da sessão de explicação foram: 

1. Ela não explica direito o que está por trás do teste, mas somente superficialmente. Não fala por exemplo quais os percentuais necessários para ser aprovado, somente fala APTO ou INAPTO ao final, e dá dicas igualmente levianas. Ela não dá o caminho das pedras total, ou seja, você não aprende NADA lá, apenas faz uma espécie de simulado orientado, pra saber se está APTO ou INAPTO. E mesmo assim, essa verificação de APTO/INAPTO, pelo menos pra alguns testes maiores, é feita no "olhômetro", ela mesmo vai olhando as suas respostas e circulando as que são "absurdas", mas nào é feita uma conta matemática precisa pra dizer qual foi o seu percentil exato. Achei o negócio meio "nas coxas", principalmente nos testes de personalidade, em que ela deveria fazer o cálculo exato de cada fator, para ver se estourou algum percentil, mas NÃO, ela apenas comenta as respostas absurdas. 

2. Acho que algumas orientações que ela dá são incorretas. Por exemplo, ela cita que em frases do tipo "TENTO ser uma pessoa legal" (inventei uma frase qualquer, só pra citar o "tento") é pra marcar DISCORDO, porque segundo ela "você não TENTA ser uma pessoa legal, você É uma pessoa legal". Ou seja, ela considera que o "tento" aqui seria como um "tento, mas não consigo", quando na realidade o sentido correto (inclusive corroborado por A + B pelo concurseiro robson) seria "PROCURO SER". Tem umas 7 assertivas num dos testes de personalidade que tem uma frase iniciando com o "TENTO...", imagine se você responder tudo isso errado num teste de verdade? Vai acabar se ferrando... 

3. Você não pode levar nenhum material consigo para casa, ou seja, não tem como analisar com calma depois. É tudo feito com pressa e sob pressão, no calor do momento. 

4. O ambiente de aplicação dos testes é muito tumultuado. Várias pessoas de vários concursos diferentes (PC, PM, PF, PRF) estão na sala ao mesmo tempo, fazendo diferentes testes. Ela fala o tempo todo, dá instruções, tira dúvidas, isso tudo durante os testes, o que te atrapalha consideravalmente. Sem falar que tem cachorro circulando no meio da sala, inclusive latindo e brigando entre si, um entra-e-sai frenético de pessoas na salinha ao lado, etc. Tudo bem que isso até é bom no sentido que você acaba treinando num ambiente desfavorável, mas pra quem tá MAL nos testes, acaba indo pior ainda, e ficando INAPTO. 

5. A psicóloga não tem bola de cristal, ela não tem como saber quais os testes serão aplicados. O que ela faz? Ela dá um chute calibrado, pra saber o que é que pode cair naquela prova. Mas não dá tempo de aplicar TODOS os possíveis testes para aquela prova. O que aconteceu foi que ela aplicou um monte de teste que NÃO CAIU na PRF. Fiquei lá o dia inteiro fazendo um monte de teste que não serviu pra nada. Se eu tivesse aplicado o mesmo tempo para ficar me casa fazendo todos os testes do Manual do Robson e do Psico Hood eu teria tido uma abrangência muito maior dos testes que poderiam ser aplicados na prova.

EM SUMA: você paga um preço bem alto (R$ 180), se desloca pra um lugar distante que não tem nem estacionamento, pra receber uma orientação superficial que não vai te agregar tanto assim, ao passo que poderia simplesmente ler o manual do robson e o psico hood e ter o mesmo resultado.

Palavras-chave: teste psicológico, CESPE, concurso público, PRF, PF, atenção, memória, psicóloga, psicólogo, curso, preparação, preparar, estudar, estudo, entender, compreender, mistério, conteúdo, explicação, por trás, segredo, segredos, resolução, 

domingo, 6 de outubro de 2013

EXAME MÉDICO PRF

Hoje foi dia de fazer o exame médico admissional para a PRF, e entregar os exames laboratoriais e complementares já feitos até então. É o tipo da coisa que gera um grande frisson na galera. Nas comunidades do Facebook só se falava sobre isso, as dúvidas mais malucas possíveis sobre assinatura de médico, especialidade de médico, dúvidas sobre exames que ficaram fora do limite máximo ou mínimo (ex: os de sangue), etc.

Cheguei lá pra fazer o exame, eles retiraram todas as capas, os grampos, etc, deixaram só as folhas. Depois, tinha que entrar numa fila onde um camarada só carimbava todas as folhas com um símbolo do CESPE com também um espaço para colocar um número dentro.

Na fila seguinte, conferiam seu nome, e você assinava a presença. 

Na fila seguinte, uma mulher ia numerando folha a folha dos meus exames, sequencialmente. Depois, pedia para você reconferir, pra ver se todas as folhas tinham sido carimbadas e estavam numeradas. Uma das minhas folhas estava sem a numeração, ou seja, já não seria considerada. Pedi a ela que numerasse essa folha que ficou faltando, e eu recebi um recebo que dizia que "47 folhas foram entregues".

Em seguida, fui para a fila do peso e altura. Logo depois, o exame médico em si. Perguntaram sobre doenças na família, cirurgias já feitas, se já quebrei algum osso, se tinha alguma dor abdominal, pediram pra eu desfilar de cueca de um lado pro outro, e no final apalparam meu saco escrotal. Também tiraram minha pressão e mediram meus batimentos cardíacos. Depois disso, fui dispensado.

Agora tenho que levar os exames que ficaram faltando no dia 16 ou 17, e depois esperar o resultado final dia 29/Out.

RUMO À PRF! :)

sábado, 21 de setembro de 2013

STATUS - PF E PRF

Muito tempo sem postar, de novo. Meu último post foi sobre a prova da PRF, e o anterior tinha sido sobre o meu FAIL na prova de Escrivão da PF. Pois bem, a situação atual é a seguinte: tinha ficado com 58 pontos na prova da PF, e provavelmente com essa baixa pontuação estaria fora, mas tive muita sorte nas anulações, e tive minha redação corrigida, e fiquei dentro das vagas. Fiz o TAF no dia 15/Set e PASSEI. Foi um TAF bem complicado pra mim, porque eu não estava conseguindo ir bem nos saltos horizontais, era a única modalidade que eu tinha medo de não passar, mas deu certo. 

Comecei fazendo as barras, fiz 15. Na verdade fiz 16, porque fiz uma a mais, sem querer. Eu atualmente consigo fazer 18 barras, então tinha muita folga. Mas então, com as 15 barras, fiz 6 pontos. Logo depois o salto horizontal. Queimei a primeira tentativa, pisei na linha. Fiquei muito tenso para a segunda tentativa, mas a galera me acalmou, e os próprios caras da banca me tranquilizaram, então eu consegui fazer a segunda tentativa, fiz 2,19 metros (2 pontos). Quando consegui fazer o salto, já "sabia" que o TAF estava ganho, pois as próximas modalidades eu já tinha treinado e simulado exaustivamente, no próprio local de prova, e estava confiante. 

Na corrida, fiz 2450 metros (3 pontos). Aproveito para deixar uma dica: no dia da corrida, consuma um carbo gel 15 minutos antes de correr (tipo EXCEED GEL), e leve também 2 garrafas de 2 litros de refrigerante na sua mochila, metade com gelo, metade com água. Antes da prova, jogue bastante água na cabeça, nos ombros, nas costas, nas pernas, etc. Ou seja, no corpo inteiro. Deixe seu corpo bem refrescado antes de iniciar a prova, isso vai te facilitar muito as coisas. Nas primeiras 3 voltas você vai bem tranquilo. Procure simular numa pista similar à da sua prova (no meu caso a pista era de 400 metros, ou seja, tinha que fazer 6 voltas), pra você sabe quais são os tempos que você precisa fazer em cada volta. No meu caso, minha estratégia seria fazer 2' na primeira volta, e depois ir baixando o tempo, tipo 1'58", 1'55", pra ir ganhando uma folga. Mas na adrenalina da prova, você acaba apertando mais o passo no inicio -- só tome cuidado pra não correr MUITO na primeira volta, porque quem costuma fazer isso acaba perdendo o gás todo e não sobra pro final, não esqueça de dosar o seu gás. Mas então, na primeira volta fiz em 1'40", vi que estava muito acelerado, ai diminuí o passo e comecei a dar voltas de 1'58", 1'55", seguindo meu plano. O problema maior acontece da 4a. volta em diante somente, quando você começa a sentir o cansaço e o calor, e acha que não vai conseguir ter fôlego pra completar. Mas aí você procura se acalmar, olhar a paisagem, a pista, e deixa o tempo passar, vai seguindo a sua passada normalmente, respirando bem, concentrado no movimento, que tudo acaba dando certo. Fiz a 4a. volta e a 5a. volta no sufoco. Quando você entra na 6a. volta é irado porque "só falta uma", e você tá cada vez mais perto do seu sonho. É uma sensação de cansaço, mas ao mesmo tempo um feeling muito bom. Ai eu deixei pra dar o sprint final no meio da segunda volta, faltando 200 metros. Passei da marca de 2350 metros com uns 40 segundos de sobra, ou mais, não lembro direito. Poderia ter parado ali mesmo, pra me poupar pra natação, mas na hora você fica meio na dúvida se os caras vão contar direito as suas voltas, sei lá, e aí você acaba continuando a correr. Passei dos 2400 metros e ainda faltavam uns 20 segundos (ou algo assim). Comecei a caminhar, pois ali eu já tinha certeza absoluta da vitória. Mas aí veio aquele sentimento de "ah, cabe mais um pontinho", então voltei a correr, e fui até 2450 metros. 

Saindo da corrida, fui pra natação, e fui logo o segundo a pular na água. Demorei pra ajeitar o meu óculos e a touca, e logo que ajeitei o examinador já falou "PREPARA", então fiquei meio afobado. Minha saída foi uma merda, pulei todo errado na água, mas nadei bem. Na vida, troquei os braços, me embananei todo, bebi água, saí mal, etc., mas mesmo assim consegui fazer 37,82", ou seja, marquei mais 3 pontos. 

No total fiz 6 pontos na barra, 2 pontos no salto, 3 pontos na corrida e 3 pontos na natação, totalizando 14 pontos, 2 acima do mínimo.

Bem, então o resumo é esse: estou classificado dentro das vagas para a PF, estou treinando pro TAF da PRF que será na semana que vem (também dentro das vagas, esqueci de mencionar isso), e as próximas etapas estão sob controle, já que já fiz quase todos os exames médicos (faltando apenas alguns detalhes) e tudo está OK, e já estou simulando os testes psicológicos, e também treinando minhas habilidades cognitivas com jogos de memória, atenção, etc. Isso é treinável sim, e acho que vale muito a pena chegar na prova preparado. 

Então é isso, espero estar no início do ano que vem podendo escolher entre a ANP em Brasília e o CFP da PRF em Florianópolis. VAMO Q VAMO!


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

COMENTÁRIOS SOBRE A PROVA PRF 2013

Esse é um post de comentários pessoais (não técnicos), com a minha visão geral sobre a prova PRF, inclusive no tocante à minha situação em relação a concursos públicos pra área policial.

Sei de muita gente, inclusive amigos meus, que ficaram muito putos porque na prova não caiu quase absolutamente nada de CTB. É foda, foi meio incoerente mesmo não cair CTB numa prova pra Policia Rodoviária, mas pra algumas pessoas tipo eu, que não estudaram quase nada de CTB, foi ótimo. Na verdade eu só tinha lido a parte dos crimes de trânsito, e mesmo assim bem superficialmente. 

No Domingo, quase não saí de casa pra ir fazer a prova, pensando nisso, achei que ia me fuder, ia perder meu tempo indo até lá à toa. Mas a vida é foda, toda hora dá uma reviravolta. Cheguei lá desacreditado, sem saber quase nada de trânsito, achando que cairiam 25 ou 30 questões só de trânsito.

Ao abrir a prova, fiz o de sempre: conferi o número de páginas, sem olhar para as questões, sem saber as matérias. Também não li o tema da redação, pois isso me deixaria nervoso pra fazer a prova. Eu nunca leio o tema da redação antes de começar a fazê-la, porque acho que isso só prejudica. Se o tema for algo do seu conhecimento, você vai ficar ansioso pra escrever logo, vai tirar a sua atenção da prova. E se o tema for um bicho de 7 cabeças também vai te atrapalhar, porque você vai ou ficar desesperado, ou vai ficar desanimado pra fazer a parte objetiva, achando que não vai adiantar tirar uma boa nota na objetiva se voce não sabe nada da discursiva. Ou seja, não vale a pena ler antes não, nem as questões objetivas, nem a prova discursiva.

Pois bem, abri a prova, conferi as páginas, e comecei a ler o texto de português, e fazer as questões, uma por uma, e na sequência que vieram.

Dessa vez NÃO cometi o erro de tentar dar murro em ponta de faca pra tentar resolver as questões de exatas (RLM) quando eram questões difíceis. Tanto que aquela questão de matemática sobre o nível de álcool no sangue eu pulei, deixei pra fazer no final da prova. E acabei me dando bem, porque quando terminei a prova e fui só fazer essa questão, eu a olhei com outros olhos, e consegui resolver por dedução, fazendo 2 delas e deixando 1 em branco porque não tinha certeza de como resolver. E nem deu tempo, aliás.

A parte de física, terror de todo mundo, tava bem fácil. Consegui fazer todas as questões, conscientemente. Agradeci a Deus por não ter caído nada de ótica, porque era uma parte que eu não tinha estudado e com certeza erraria ou não saberia fazer. Acho que ser um engenheiro nessas horas me ajudou bastante. Outra coisa milagrosa mesmo que aconteceu foi eu ter resolvido uma questão de oscilação na semana anterior à da prova, consultando inclusive uma tabela de derivada de função trigonométrica, uma coisa que eu não olhava há uns 10 anos.

Enfim, acho que fui razoavelmente bem na prova, principalmente pensando na expectativa que eu tinha ANTES dela, mas não dá pra saber direito se consegui fazer uma nota suficientemente grande ou não. Nem quis parar pra ver as questões, com medo do resultado. Vou esperar o gabarito preliminar amanhã (terça-feira, dia 13/8), pra saber quanto eu tirei.

A lição aprendida foi a seguinte: cada prova é uma prova, é uma batalha diferente. E como numa batalha, você consegue prever mais ou menos o que vai acontecer, mas sua previsão pode errar. Seu inimigo pode vir mais forte ou mais fraco, e você pode ganhar ou perder. Muitos previram a prova de um jeito, e erraram, quebraram a cara, ficaram muito putos. Não estou falando isso no sentido pejorativo, mas sim no sentido de aprendizado. Aposto que esses caras também aprenderam alguma coisa. Eu também aprendi muito nessas provas que fiz até hoje, a gente tá sempre aprendendo alguma coisa nova. Eu aprendi que não se pode dar a batalha por perdida antes de ir pro confronto. Ainda bem que eu não fiquei em casa dormindo, e sim acordei às 5h da manhã, tomei um café, um banho, me arrumei, botei a mochila nas costas e fui lá pra Bonsucesso fazer minha prova. Sensação de dever cumprido, e agora é continuar malhando bastante pro TAF e aguardando os resultados das provas que fiz, e estudando para as que virão.

FORÇA!

sábado, 27 de julho de 2013

#FAIL NA PROVA DE ESCRIVÃO DA PF

Falta de tempo total até semana passada. Fiquei um tempo sem postar aqui devido ao estudo intenso para a prova de Escrivão da PF no dia 21 de Julho. Fui mal na prova, e ainda estou absorvendo a "porrada".

Em março de 2012 tinha feito a prova de Agente da PF, estudando há mais ou menos 1 mês somente, e fiz 51 pontos líquidos.

16 meses depois, estudando que nem um condenado, depois de fazer 2 cursos inteiros de exercício (de R$ 700 cada), 2 turmas de simulado (de uns R$ 500 cada, totalizando mais de 20 provas feitas), somando aproximadamente 1.500 horas de estudo, mais de 15.000 exercícios feitos, cheguei a um resultado pífio de 58 pontos líquidos.

16 meses de estudo me renderam 7 pontos líquidos a mais. Se continuar nesta crescente, quem sabe daqui a 1 ano, na próxima prova de Agente ou de Escrivão eu não consiga uns 65 pontos, correndo o risco de ter minha redação corrigida?... é foda.

Não sei o que faço agora. Estou inscrito no concurso do DEPEN e da PRF, mas não tenho interesse quase que nenhum nessas carreiras. O DEPEN não me interessa pelo trabalho em si, pois trata-se de um concurso de nível médio de custódia e transporte de presos em presídios de segurança máxima geralmente localizados no fim-do-mundo (ex: Mossoró, Porto Velho, Catanduvas). Além disso o salário é baixo - não lembro de cabeça, mas é uns R$ 3-4 mil. Pra completar, um amigo meu que trabalha lá também está estudando para a PF, e falou que o trabalho é bem monótono e entediante. Não é pra mim, definitivamente. Só me inscrevi como treino, afinal VAI QUE eu passe entre os "x" primeiros lugares e consiga ir ao TAF? Acho que já será uma experiência e tanto pra mim.

Quanto à PRF, o salário é razoável (R$ 6 mil alto), mas o dia-a-dia da profissão não me agrada muito. Ter que trabalhar essencialmente numa estrada, dentro de uma viatura, ou algo assim, é uma coisa que não me enche os olhos. Além disso, pra completar, a matéria que cai na PRF é totalmente além de qualquer coisa que eu venho estudando há muito tempo. Dizem que a parte de CTB (código de trânsito) corresponde a 1/3 da prova, e ainda tem alguma coisa de Direitos Humanos, Física, Matemática, etc. Bem longe da minha realidade, e humanamente impossível de estudar tudo isso nas próximas 2 semanas.

Sem querer desmerecer nenhuma das duas nobres profissões, de forma absoluta, apenas acho que meu perfil não se encaixa a nenhuma delas, nem em termos salariais nem em termos de atividade desempenhada. É somente por isso que eu não estou muito interessado nesses dois concursos, apesar de que não vou cagar no pau - vou fazer as duas provas.

Bem, sendo bem pragmático, o que me resta é a PCDF, a ser realizada em Setembro, e um futuro concurso pra Agente da PF (previsto pro final desse ano ou início do ano que vem) ou pra PCERJ (oficial de cartório, está previsto pra esse ano, segundo meus amigos de lá).

Desta maneira, continuarei com o plano de estudar pra PF no longo prazo (agente ou escrivão), mas com pitadas de polícia civil (DF e RJ) no meio do caminho, se pintar alguma coisa nesse meio tempo.

Tô um pouco desanimado pra estudar agora, com esse fracasso na PF. Até pra fazer os exercícios pro TAF tá ficando difícil. Mas já coloquei na minha cabeça a derrota, e pretendo voltar ao ritmo de estudos na segunda-feira, sem falta. VAMO Q VAMO.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

UMA SEMANA PARA A PROVA DA PF - O QUE FAZER?

Sei que deveria ter postado mais aqui, pra relatar a jornada de 70 dias que vivi desde que o edital da PF voltou ao ar, mas confesso que não tive tempo nem saco. Tive muitos insights nesse meio do caminho que poderiam estar aqui documentados, talvez ajudando muita gente, talvez escrevendo essa minha caminhada, mas fato é que não aconteceu, então, bola pra frente.

Falta mais ou menos uma semana pra prova da PF. Hoje é sexta-feira, e a prova é no outro Domingo. Essa semana estudei relativamente bem para os meus padrões, algo como 5-6 horas líquidas por dia. Claro que eu deveria ter tido esse ritmo desde Março de 2012, quando decidi que faria prova da PF, mas a realidade é diferente do plano, e isso simplesmente não rolou conforme eu queria. Mas pelo menos estou estudando bastantes horas.

Minha maior preocupação nem é com as horas de estudo acumuladas, e fim com o resultado prático disso. Tenho notado que o stress das últimas semanas faz você esquecer coisas que sabia, ou achava que sabia. Estou começando a confundir e embolar os assuntos na cabeça. Aposto que muita gente passa pela mesma coisa, é foda. Pra compensar isso, estou tomando uns suplementos do tipo "Memory Complex", da Natrol, e também bastante vitamina C, pra evitar ao máximo ficar gripado (tenho gripe/alergia crônica). Outra coisa que tá na pauta é dormir cedo e acordar cedo. Nada como ajustar o relógio biológico para a prova, que esse ano será na parte da manhã. É que de nada adianta ficar estudando até 4h da manhã e acordando ao meio-dia, às vésperas da prova, porque no dia da prova mesmo você vai ter que acordar 6h da manhã. O negócio é colocar o relógio biológico "adiantado" de forma que o horário da prova não seja um sacrifício pra você, e sim um horário normal de acordar e estar com o cérebro alerta. Estou tentando fazer isso ao máximo. Tenho ido dormir em torno de meia-noite, e acordado entre 7h e 8h. Minha ideia essa semana que se inicia é tentar fazer isso 1h mais cedo, ou seja, ir deitar 23h, e acordar 6h-7h no máximo. Acho que isso também vai ajudar no dia da prova.

De resto, estudos em dia, exercícios em dia, etc. Tenho feito em torno de 100-200 questões por dia, fora as revisões e leituras. O pessoal dos grupos de estudo têm trocado mensagens de whatsapp o dia todo, o que eu acho um pouco anti-produtivo. Tomei a atitude de colocar o celular no MUDO e só ler as mensagens algumas vezes por dia, de forma acumulada. É melhor fazer isso do que parar toda hora pra ler. Até porque rola muita discussão antes de se chegar a um "veredito", então é melhor deixar pra ler tudo depois, quando o veredito já foi dado, e você pode ir direto para as conclusões finais das trocas de mensagens.

Tenho dado uma relaxada nos exercícios físicos. Não sei se isso é bom ou ruim no geral, mas acho que é uma coisa boa pra prova escrita, já que eu terei depois dela uns 2 meses pra treinar exclusivamente para o TAF.

Estou com um pouco de medo, ansiedade. Um sentimento de receio de "passar vergonha" depois da prova, tirar uma nota ruim. Mas ainda têm outros concursos ai por vir. Me inscrevi no DEPEN, cuja prova é logo em Agosto, tem também a PRF, a PCDF (já comprei até a passagem pra Brasília), depois pode ser que role Agente da PF, e também existe a expectativa de abrir prova pra Oficial de Cartório (escrivão) da PCERJ. Vamos ver no que dá.

Essa semana que vem o ritmo será forte, espero conseguir estudar 6h-7h líquidas por dia. Pretendo fechar todas as matérias até sexta-feira do final de semana da prova, e no sábado estudar talvez uma coisinha ou outra (revisão) de manhã, somente, já que de tarde tenho um casamento (17h às 21h). Ainda não sei meu local de prova, mas espero que seja no centro da cidade. Vamos torcer.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

NUNCA TIVE O HÁBITO DE LER

A cerca de 2 semanas da prova da PF, estudando bastante (para os meus padrões), tenho tido pouquíssimo tempo disponível pra postar alguma coisa aqui, embora não faltem ideias nesta cabecinha aqui. 

Hoje apenas quero acrescentar uma pequena coisa àquele meu post sobre não ser competitivo. Me lembrei de outro tema da minha infância/juventude que destoava um pouco dos meus amigos -- na média, muito cultos: eu nunca tive o hábito/cultura de ler, sobretudo os maiores escritores nacionais, tipo Machado de Assis, Manuel Bandeira, Cecilia Meireles, Carlos Drummond de Andrade, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, e tantos outros. Me sinto meio alienado quando começam a conversar sobre esse assunto na minha frente.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

GRÁFICO DE HORAS LÍQUIDAS ESTUDADAS POR DIA

Hoje, ao encerrar meu 6o. ciclo de estudos para a PF, me dei ao trabalho de dar uma analisada nos dados que eu tenho sobre minhas horas de estudo. Fiz um gráfico que mostra o tempo líquido estudado por dia, desde Agosto de 2012. 

Dá pra ver que em Dezembro de 2012 eu comecei a dar um gás, que perdurou até antes do carnaval. No carnaval o ritmo caiu bastante, mas foi acelerando devagarzinho. Acho que hoje em dia estou quase no mesmo ritmo de Dez/2012. A tendência é ir aumentando mais o número de horas, pois faltam 58 dias pra prova da PF.

A linha vermelha representa 4 horas líquidas por dia. Dá pra ver que pouquíssimas vezes eu ultrapassei essa linha, e nunca (exceto bem lá no início) passei de 5 horas líquidas por dia. Acho que a média GERAL é em torno de 2 horas líquidas por dia. Espero subir essa MÉDIA pra 4. 

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