Meu grande problema é que minha vontade de estudar varia muito, tanto durante um mesmo dia, quanto dentro de uma semana, ou de um mês para o outro. Tem semanas que eu estou mais empolgado, e outras semanas que estou mais desanimado. Isso pode ser um problema, pois todo o trabalho que se teve para adquirir certo conteúdo pode ir por água abaixo se a correta manutenção não for aplicada.
Eu entendo que o conhecimento adquirido precisa ser praticado e re-adquirido logo no início, para que se fixe de forma mais firme. Mesmo assim, nossa memória vai tratando de esquecer os assuntos mais antigos e dar prioridade aos novos. Por isso, um processo semanal ou no máximo quinzenal de manutenção deve ser dado. É a mesma coisa que uma empresa quando quer reter seus clientes, prestando um bom serviço a eles, verificando os níveis de serviço, fazendo pesquisas de satisfação, enfim, mantendo essa relação "ativa". Assim como as empresas, o nosso cérebro precisa estar sempre "conversando" com a informação (o cliente), para que este não vá embora. Lembre-se tanto para empresas quando para nosso cérebro, é muito mais caro conquistar um cliente (ou reconquistar, no caso) do que manter os atuais. Então por que não manter aquela informação ativa, fazendo seu cérebro visitá-la, mesmo que seja uma rápida visita, de tempos em tempos?
Mas e o que fazer numa semana em que você está sem paciência pra estudar aquele determinado assunto? Mesmo nos piores casos, não recomendo deixar esse período passar de quinze dias. E para reavivar essa informação guardada não é necessário estudar horas e horas ou fazer milhares de exercícios. As técnicas que eu costumo usar são:
1) Conforme eu vou estudando a matéria e fazendo os exercícios para treinar (ou seja, construindo o conhecimento, ainda na fase de "conquista" do novo cliente), vou me dando conta dos pontos mais importantes da matéria. Então o que eu faço é anotar esses pontos importantes sob a forma de perguntas-chave que vão me fazer lembrar os pontos principais da matéria, algo que eu chamo "questionário de memorização". Esses questionários fazem com que eu me esforce para lembrar as principais fórmulas, os principais pontos das matérias. Em algumas matérias esse questionário tem 30 perguntas-chave, mas tem casos que chega a 100. Nos casos em que o número é elevado eu costumo selecionar as principais, e focar nestas primeiro, e se sobrar tempo fazer as demais. Nos outros casos, faço o questionário inteiro e assim consigo detectar quais "clientes" estão indo embora, os quais eu preciso mais focar em reconquistar.
2) Ao fazer os exercícios para fixação, costumo fazer uma anotação no livro ou apostila, ao lado do exercício em questão, dizendo que o mesmo foi feito (exemplo: um traço diagonal em cima do número da questão), a data em que foi feito (ex: 12/05/2012), um sinal dizendo se eu acertei ou errei, e por último um asterisco marcando se trata-se de uma questão-chave ou não. Assim, quando eu tiver pouco tempo para revisar a matéria, posso ir diretamente aos exercícios mais críticos, sendo estes os que eu mais errei ou aqueles que são mais importantes em termos de conteúdo (os que contém asterisco). Também é possível acompanhar os resultados para ver se eu continuo errando o exercício ou se já aprendi a fazê-lo.
Existem outras técnicas que uso para otimizar os estudos, mas vou comentar sobre elas mais para frente.