terça-feira, 15 de maio de 2012

VONTADE DE DESISTIR?...

de Sei que é horrível ficar pensando nisso, mas tem horas que dá vontade de desistir, e isso é o que vem passando pela minha cabeça depois do insucesso nas duas últimas provas: Agente da Polícia Federal e Engenheiro de Produção Petrobras. Na da PF, das 120 questões, fiz 91 e deixei 29 em branco. Das 91, a princípio (fora anulações de questões pontuais), errei 20, o que significa que além de só ter acertado 71 pontos, fui penalizado em mais 20 pontos, caindo pra 51. A pontuação mínima era 36, mas mesmo assim pelo que andei vendo nos fóruns de concurseiros, a nota de corte deve ficar em torno de 70. Na da Petrobras, acertei 70% no total, sendo apenas 62% nas específicas, que é acima da pontuação mínima, mas ainda assim também é uma nota baixa demais para se classificar.


Tudo bem, eu sei que eu nunca tinha estudado Direito Penal e Direito Processual Penal até 2 ou 3 semanas antes da prova da PF, mas mesmo assim, achei que poderia ter ido melhor, já que fiz inúmeros simulados de questões da CESPE do mesmo assunto que cairia na prova.


Sobre a Petrobras, eu fico impressionado com a capacidade dessas bancas em fazerem questões inovadoras. Mesmo sendo formado há apenas 10 anos, e sempre fazendo provas para Engenheiro de Produção, e fazendo alguns simulados de vez em quando, sempre me aparecem pelo menos umas 10 questões com assuntos dos quais nunca ouvi falar antes. Tudo bem que eu também não estudo com frequencia as questões específicas do tipo Administração da Produção, Engenharia do Produto, Engenharia do Trabalho, Conhecimento, Organização, Projetos, Gestão da Qualidade, Layout, Cadeia de Suprimentos, Gestão de Custos, Estoques, Simulação, Ergonomia... Bem, minha única felicidade foi ter acertado, e absolutamente conscientemente, todas questões de Estatística, que é uma matéria que vem me assombrando desde que eu comecei a estudar probabilidade no colégio. Fiz aulas, aprendi, treinei, fiz quase todos os exercícios da apostila, e acho que encontrei a fórmula! Agora só preciso repetir esse processo pras outras 54 matérias que tenho pra estudar. Veja que fácil! :)


Mas, bem, desde que abandonei meu último emprego e passei a registrar todos os concursos que fiz, foram exatamente 15 até hoje, nesta ordem:


1) MPU 2010 - lembro pouco desse concurso. Se não me engano caíram questões de Direito, não tenho certeza, mas acho que sim, e se foi mesmo, foi a primeira vez que dei de cara com esse "monstro" (já que sou Engenheiro). Nem conferi meu resultado, acho que fiquei muito aquém do mínimo necessário.


2) CVM 2010 - última prova de 2010. Pra essa prova eu cheguei a comprar uns cursos online sobre o mercado financeiro. Nesta época estava começando a estudar ainda, pegando o jeito da coisa. Logo de cara, descobri o quão difícil era se organizar por conta própria pra assistir aulas em casa. Tem que ter uma disciplina muito boa. Outro erro muito comum em pessoas que compram esses cursos pela internet é o seguinte: geralmente os cursos começam a fazer propaganda massiva quando o edital já saiu, ou seja, quando faltam 2-3 meses para a prova. Aí, os cursos vendem pacotes com 400 horas de aula pra assistir, o que daria de 5 a 7 horas de aula por dia, todos os dias (incluindo sábados e domingos), até a véspera da prova -- ou seja, ainda sem sobrar tempo algum pra fazer exercícios. Nunca mais cometerei um erro como esse. Nessa última prova da PF quase fiz essa burrice de novo, mas ao fazer as contas, vi que seria humanamente impossível assistir a todas as horas curso, então abortei a missão. E além disso, nessa prova da CVM eu descobri que não sabia absolutamente NADA de Contabilidade, e achava que sabia! Foi uma prova absurdamente difícil, com muitas questões feitas pra quem é contador, que tem que ter muita experiência na área pra saber debitar ou creditar nas contas corretas. Não foi nada fácil.


3) Petrobras 2011 - essa foi a primeira prova de 2011, quando eu já estava estudando (fazendo curso presencial) pro BNDES. Nessa prova fui mal em portugues, fiz só 40%, não sei porque. 100% de inglês, e 54% somente nas específicas, o que me rendeu um resultado geral de 59%. Foi o meu pior resultado contabilizado, e aí eu percebi que eu teria que começar a revisar alguns assuntos de Engenharia de Produção, e que não dava pra lembrar as matérias que eu tinha aprendido na faculdade 10, 12 anos atrás. Foi um fiasco!


4) BNDES 2011 - essa aí rolou em Março de 2011, e foi a prova para a qual eu mais me preparei, apesar de ter começado muito em cima da hora. Fiz um curso de quase 300 horas (ou algo assim), presencial, estudava umas 6 horas por dia no início, 8 horas por dia na metade, e cheguei a umas 10-12 horas no final. Mas mesmo assim, era muito assunto novo pra mim... Nesse concurso, o edital tinha mudado em relação aos anteriores, e eles diminuíram bastante a carga de temas de Engenharia de Produção (que era tradicional nas provas anteriores), e colocaram muito mais assuntos de Economia. Ou seja, saiu toda a parte de Layout, Supply Chain, Transportes, etc, etc, e entrou (ou aumentou o peso): Análise Setorial, Inovação, Sustentabilidade, Microeconomia e Macroeconomia. Foi muito pouco tempo MESMO pra estudar todos esses assuntos, sobretudo os que exigem conhecimento de fórmulas, que exigem uma carga grande de exercícios de fixação. A parte setorial também foi complicada, pois eram nada menos do que QUINZE setores diferentes pra se aprofundar, sendo que os critérios de análise de cada um deles, dentre outros, eram também QUINZE. Foi a época em que eu mais li a parte de economia do jornal, e estava mais informado, mas mesmo assim o tempo pra APRENDER as matérias foi insuficiente. Mas nem fui tão mal assim, fiz 63% nas específicas, sendo 70% na pontuação geral. Na época, fiquei a uns 4 pontos (ou seja, 2 ou 3 questões) do mínimo necessário para ter a prova discursiva corrigida. Além disso essa foi aquela famosa prova em que caiu a questão sobre o Paradoxo de Abilene.


5) TRANSPETRO 2011 - aconteceu em Julho, não me lembro muito bem dela, mas fiz 58% de acerto nas específicas, e 66% no geral.


6) FINEP 2011 - esse foi um dos maiores vacilos que eu dei. Não levava muita fé no que era o FINEP, na época, Julho 2011, e acabei não me dedicando tanto. Detalhe que eu poderia ter aproveitando mais a oportunidade, pois os assuntos da prova eram praticamente os MESMOS da prova do BNDES. Se eu tivesse aproveitado o embalo e estudado no mesmo ritmo do BNDES, poderia ter tido uma chance bem maior. Mas acabou sendo uma das minhas melhores provas, gabaritei Português, fiz 90% no Inglês e 68% nas específicas, o que me rendeu 73%. Até o momento já deu pra perceber que uma nota acima de 70% poderia ser uma boa nota durante o curso de Engenharia, mas pra concurso público é uma merda, né? Pois é...


7) PETROBRAS 2011 - mais uma prova pra Engenheiro de Produção no mesmo ano. Nessa época eu deveria ter começado a pensar: por que eu não começo a estudar as matérias de Engenharia de Produção? Não sei porque não pensei nisso naquela época. E o pior, que mesmo com as bancas examinadoras sempre exercendo a criatividade pra criar assuntos novos, boa parte deles são assuntos repetidos... vou começar a pensar nisso! Nessa prova fiz 64% de acerto nas específicas e 71% no geral.


8) Analista de Finanças e Orçamento da Prefeitura 2011 - essa foi uma prova que eu não levei muita fé porque primeiro era pra Prefeitura, e segundo porque o salário era baixo, uns R$ 5 mil e pouco, se não me falha a memória. Burrice minha pensar assim, porque trabalhar na Prefeitura também é maneiro, e mesmo o salário sendo baixo, não era tão baixo assim, eu poderia ter começado a trabalhar e ter continuado a estudar. Bem, foi a segunda vez que tive contato com Direito (administrativo e constitucional), e acho que nessa época comecei a pelo menos "olhar" a matéria antes de ir pra prova, ao invés de ir 100% na cara de na coragem, sem nunca ter aberto a Constituição pra ler nem os 5 primeiros artigos. Mas por outro lado pintou um assunto novo pra mim: Orçamento e Finanças Públicas. A parte de orçamento não é tão complicada, basta conhecer algumas coisas que sempre caem tipo restos a pagar, superávit primário, os sistemas utilizados, um pouco de contabilidade, etc. Mas, na época, eu não sabia disso, e estudei pouco também. Mas mesmo assim não fui muito mal, fiz 85% em portugues, 68% em Direito Administrativo, 40% em ética do servidor publico, 60% em TI, e finalizei com 73%. Nada mal pra quem nunca tinha estudado esse assunto né? Pois é... esse é o problema e a frustração de "quase saber a matéria": você quase sempre quase passa. Porra!


9) Analista da Secretaria de Fazenda (RJ) 2011 - era um concurso bem parecido com o anterior, mas foi muito próximo um do outro, e não deu tempo de aprofundar os estudos. Fora isso, caíram algumas questões de legislação específicas do ESTADO, que são diferentes do que no MUNICÍPIO. Mas, em sua maioria, as questões eram do mesmo assunto, quase iguais, ou parecidas. Poderia ter estudado mais, me aprofundado no assunto. Mas de qualquer forma foi uma experiência válida -- a minha segunda com o tema AFO desde que comecei a estudar. Mas nessa não fui tão bem assim: 67% em portugues, 42% em matemática financeira (o que me deixou puto, porque eu já estudava esse assunto), 30% em direito tributário (acho que o mínimo era 40%, ou algo assim, então não me classifiquei), 90% em Direito Constitucional e Administrativo (UAU!), 71% em Economia, 86% em raciocínio lógico e 25% em contabilidade pública. A conclusão nesta oportunidade foi: porra, que merda, toda prova tem 90% dos assuntos que você já estudou ou vem estudando, e 10% de assuntos novos que você se fode e por isso não consegue fazer a pontuação mínima e se classificar. Ou seja, em concurso você só se fode, tá sempre lutando contra o tempo.


10) SEPLAG 2012 - terceira prova de AFO seguida, também do Estado. Fiz 60% em português, 80% em raciocínio lógico, 80% em estatistica (YES!!), 50% em direito constitucional e administrativo, 100% em finanças públicas, 30% em administração pública (me fudi, fiz menos do que o mínimo necessário), 50% em contabilidade pública e 50% em planejamento e orçamento. Porra, de novo por causa de uma matéria não consegui obter a pontuação mínima. Pior que nem fui tão mal assim nas outras. É de lascar...


11) Casa da Moeda 2012 - era prova pra Engenharia de Produção. Os pontos negativos eram o local de trabalho e o salário, acho que era um pouco abaixo da média. Fiz 80% em portugues e 75% nas específicas, totalizando 76%. Mesmo asssim, fiquei em 54o. lugar, e eram só 30 vagas. Passou perto, mas e daí? Quase perto é a mesma coisa que longe! MERDAAAAAAA!


12) IMBEL 2012 - essa prova foi meio bizarra, foi pra Indústria de Material Bélico do Brasil. Além de o salário ser de apenas R$ 2 mil e pouco, acho que o local de trabalho era em Magé. Mas eu fiz a prova mesmo assim, pra treinar, afinal eram as matérias de Engenharia de Produção. Fiz 70% em port, 70% em matemática (??), 80% em raciocinio lógico 100% em informática e 65% nos assuntos específicos de Engenharia de Produção, totalizando 72%. Fiquei super bem classificado, mas só 8 pessoas fizeram a prova! Ou seja, nenhum Engenheiro de Procução em são consciência se mudaria pra Magé pra ganhar R$ 2 mil. Além disso, eu tinha feito a prova mais pra praticar, mas mesmo assim não consegui meu objetivo, porque a prova estava muito mal elaborada.


13) Inspetor da Polícia Civil 2012 - primeira prova da minha vida que caiu Direito Penal, Direito Processual Penal, etc... Assunto 100% novo, e não tinha nem lido o código penal por completo. Me ferrei completamente, fiz 83% em portugues, mas somente 28% nas específicas (o mínimo era 50% se não me engano), e 75% em informática.


14) Petrobras 2012 - mais uma chance para a Petrobras, mais uma chance pra estudar as matérias de Engenharia de Produção, e mais uma chance desperdiçada. Fiz 80% em portugues, 100% em ingles e só 62% nas específicas. Essa foi a prova em que eu comecei a reparar na criatividade da banca em inventar coisas novas. Meu resultado geral foi 70%, o que é baixo pra passar numa prova desse nível.


Minha conclusão final, depois de dar uma revisada em todas essas provas até hoje, foi o seguinte: o foda é que eu, pra não perder oportunidades, acabo me aventurando em assuntos novos, fazendo provas com assuntos que nunca vi na vida antes (ex: AFO, Direito Penal...). Se eu tivesse gasto meu tempo estudando só as matérias de Engenharia de Produção, talvez já tivesse passado pra uma prova do tipo Petrobras. Por outro lado, também fico pensando que, pelo MÍNIMO que estudei, fiquei bem perto em várias provas... Será que se eu tivesse estudado um pouquinho mais poderia ter passado? Além disso, mesmo um assunto sendo novo pra mim numa primeira vez, um dia ele vai deixar de ser novo, um dia vai ser um assunto estudado, treinado. Será que daqui a 2 ou 3 provas de AFO eu vou conseguir fazer mais do que 80%? Será que um dia vou conseguir mandar bem pra caramba numa prova de Engenheiro de Produção e fazer mais de 85%?... E o BNDES, que é o meu objetivo de longo prazo, será que consigo detonar na prova, que deve ocorrer no final de 2012 ou no início de 2013? E O BACEN, que é um misto disso tudo, cai Economia pra caramba, mas também caem alguns assuntos de administração, e também um pouco de Direito Administrativo e Constitucional?


Dificil decidir/optar por estudar um único assunto e ter o sangue frio de ignorar todas as outras provas que abrem todo mês. Por outro lado também é complicado ir pra uma prova sabendo uma parte das matérias, mas sendo ignorante na outra parte, e assim fazendo menos do que o mínimo necessário. Será que valeria a pena olhar os assuntos novos que aparecem nas provas com mais cuidado, a fim de poder fazer mais do que o mínimo?


Novamente, nao sei qual estratégia seguir, qual rumo tomar. Sei que sou uma pessoa inteligente, tenho um bom raciocínio, porém durmo mal, tenho dificuldade pra me concentrar, tenho uma memória que se apaga muito fácil, sou distraído e ansioso. Não sei se, como dizem algumas pessoas, devo "me manter na fila, que um dia vai chegar a minha hora". Acho que no final das contas poderia até continuar com essa estratégia de fazer todos os concursos possíveis, mas seja pra isso, ou seja pra fazer um único concurso, uma coisa é certa: preciso aumentar muito a minha quantidade de horas de estudo (sobretudo exercícios), a fim de ter mais bagagem, mais confiança, e conseguir bombar nas próximas provas.

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