sexta-feira, 31 de agosto de 2012

ANALISE DO RESULTADO DO CONCURSO TRE-RJ 2012

Hoje é dia de comentar, bem rapidamente, porque meu tempo hoje é curto, como foi meu resultado no TRE-RJ. E se você chegou nessa página aqui porque estava pesquisando no google sobre alguma informação adicional genérica sobre o concurso em tela, esse é o lugar errado. Aqui você NÃO vai encontrar nomes de pessoas e suas notas, resultados de TODAS as questões (gabarito), sugestões de texto para fazer recurso, TODAS as questões comentadas (só algumas), nem nada disso. Apenas uma reflexão sobre o MEU resultado nessa prova. O máximo que você vai poder aproveitar daqui é aprender uma forma organizada e estruturada de analisar o resultado do seu concurso, poder comparar um com outro, e assim poder identificar se está alcançando melhores ou piores resultados ao longo do tempo.

Pra começar, cabe ressaltar que fiz essa prova apenas para testar meus conhecimentos, e fazer uma espécie de treinamento pra prova da PF, já que a banca é a mesma (CESPE), e quase todos os assuntos são similares. Apesar de o salário ser ruim-razoável, é claro que se eu passasse na prova eu trabalharia lá, mas acho que isso não vai ser possível dessa vez.

Como resultado geral da prova, fui pior do que eu esperava. Os concurseiros profissionais dizem por aí nos seus artigos e livros que você tem que ter um nível de acerto de mais de 80% nos exercícios que faz em casa, pra treinar. Eu costumo ter uma taxa de acerto em torno disso quando treino em casa, mas isso acontece quando eu faço exercícios direcionados a um tema, por exemplo logo após ler um capítulo de um livro. Isso não acontece quando eu pego um simulado pra fazer, por exemplo. Bem, esperava, inocentemente, ter um nível de acerto como esse na prova, mas é claro que isso nào seria possível. Isso só seria possível caso eu estivesse obtendo um nível bem mais próximo de 100% nos exercícios em casa (os não direcionados a um tema, como por exemplo os simulados), mas como não é essa a realidade, é claro que eu não poderia fazer uma pontuação não muito diferente de 60-70%, no máximo isso. E foi mais ou menos isso que aconteceu. Isso significa que eu ainda tenho que "comer muita poeira" em algumas matérias para atingir um nível mínimo de desempenho que me coloque com uma pontuação pelo menos acima do mínimo necessário para ter minha prova discursiva corrigida, o que não aconteceu ainda, até agora.

Bem, como sumário executivo, posso começar dizendo que das 120 questões objetivas, só fiz 105, ou seja, deixei 15 questões em branco (12,5% da prova). Na realidade eu saí da prova com a impressão de que praticamente só tinha deixado em branco questões relacionadas a Direito Civil, Processo Civil e Direito Eleitoral, mas no fundo as questões que deixei em branco foram: 1 de Manual Oficial de Redação (aquela que falava sobre o CEP), 1 de atualidades (duvidei que Guarulhos, Brasilia e Viracopos teriam mais de 50% do tráfego de cargas do Brasil, e deixei em branco), 2 de informática (uma sobre criação de usuários no Linux e outra sobre sintaxe de procura no Bing, da Microsoft), 1 de Direito Administrativo (você sabia que "a convocação extraordinária dos congressistas NÃO permite o pagamento de parcelas indenizatórias em valor superior ao subsídio mensal"? Nem eu... bom saber!), 4 de Direito Civil (que nem vou comentar), 1 de Direito Constitucional (sobre ação civil pública, nem entendi a questão), 1 de Administração (falava sobre "entropia", e eu não me lembrava o significado dessa palavra, que na verdade tem uma conotação negativa), 1 de AFO (sobre sobrar verbas e poder usar no ano que vem com salários), e mais 3 de Direito Eleitoral.

Também vale ressalvar que, do total de 120 questões, somente 95 eram do escopo da PF, então dessas eu só deixei 8 em branco (8% ao invés de 12,5%), e fiz 87 questões. Então, dessas 95 questões que são escopo da PF, deixei 8 em branco, sobrando 87 questões feitas, das quais acertei 66 e errei 21. 

Isso significa que do total geral de questões "escopo PF", acertei 69%, e do total de questões "escopo PF" que eu fiz (desconsiderando as que deixei em branco), acertei 76%. Só pra comparar, na prova de Agente da PF desse ano eu acertei 59% do total, e 78% das questões que efetivamente fiz. Isso significa dizer que eu aumentei meu nível de efetividade em 10 pontos percentuais, pois além de meu nível de acerto das questões que eu achava que sabia ter se mantido mais ou menos constante (variação de -2 pontos percentuais pra baixo só, tá no desvio-padrão...), eu acertei um número maior de questões do total da prova, ou seja, com o mesmo nível de acerto praticamente, fiz mais questões do total, então atingi uma pontuação maior, proporcionalmente. Isso significa que o estudo está funcionando.

Mas esse resultado ainda não foi bom, pois um acerto sobre o total de 69% não implica em uma nota 6,9 em 10, pois ainda tem o desconto das questões erradas, que são pontos negativos. No caso dessa prova, excepcionalmente (o que não é normal na CESPE), cada questão errada correspondia a 0,5 ponto negativo, e não 1 ponto negativo, como de usual. Dessa forma, até me senti mais à vontade pra "chutar" mais. A falta de compromisso (no bom sentido) que eu tinha com essa prova (afinal, não é meu alvo principal), também ajudou a contribuir com um maior apetite de risco na hora de arriscar um chute.

Bem, então qual foi a nota final, considerando que cada questão errada anulava 0,5 de uma certa? Eu fiz 87 questões, sendo que acertei 66 e errei 21. Isso significa dizer que fiz 66 pontos positivos, mas perdi 10,5 pontos (21 x 0,5), finalizando com 55,5. Normalizando essa pontuação, isso significa dizer que, considerando só o "escopo PF" (95 questões), obtive 58% do total de pontos possíveis na prova, o que foi uma melhora, já que na última prova de agente PF eu fiz só 42% dos pontos da prova (comparando bananas com bananas, ou seja, o mesmo escopo com o mesmo escopo).

Então, resumindo de novo, das 95 questões "escopo PF", fiz 87 (92%), sendo que acertei um total de 66 questões (indicando um acerto de 69% sobre o total ou 76% sobre as questões feitas), o que no final das contas me garantiu 58% de pontuação sobre o total da prova. 

Só pra ter uma ideia do que esses valores significam, na última prova de agente a pontuação mínima (de corte) pra ter a prova discursiva corrigida foi 62 pontos do total de 120 questões, ou seja, 52% do total de pontos possíveis. Só comparando, repetindo aqui, na última prova de agente eu só fiz 51 pontos, ou seja, consegui apenas 42% dos pontos possíveis da prova, então fiquei fora. Mas se esta prova do TRE estivesse valendo para a PF, eu teria tido minha prova corrigida, pois fiz 58% dos pontos totais da prova (6 pontos percentuais acima da nota de corte). 

É claro que essa comparação não é totalmente possível, pois a pontuação obtida por mim na prova do TRE está considerando só 0,5 ponto negativo para cada questão errada, e não 1 ponto negativo, como na prova da PF. Pensando nisto, fiz uma rápida alteração na minha planilha Excel que calcula tudo isso, e fiz uma simulação de quanto eu teria feito de pontos caso a penalidade por questões erradas fosse de 1 ponto negativo e não 0,5 ponto negativo, então eu só teria atingido 47% da pontuação total, o que seria um atingimento melhor do que o da última prova (42%), mas ainda um pouco inferior ao mínimo necessário (52%). 

Agora, analisando matéria por matéria, e considerando como critério único (pra poder comparar uma com a outra) o total de pontos obtidos sobre o total de pontos possíveis da matéria em questão, começando pelas em que fui MELHOR. A melhor matéria foi Português, com 92% dos pontos totais possíveis. Só errei 1 questão. E o engraçado é que eu nem estudo isso... vai saber... E só pra explicar a conta, eram 18 questões de Português, eu fiz todas elas, e acertei 17, errei 1. Então fiz 17 pontos positivos, com 0,5 ponto negativo, o que me deu um total de 16,5 pontos, que sobre 18, dá 91,666%..., que eu arredondei pra 92%. Vamos às próximas.

A segunda melhor foi informática, com 77% de pontos. Errar mesmo eu só errei 1 questão (fora as 2 que deixei em branco, que já comentei acima), que foi aquela sobre poder salvar uma apresentação power point como vídeo. Nunca tinha ouvido falar nisso, e achei meio estranho o PPT ter essa funcionalidade, já que o Office já dispõe de um aplicativo pra fazer vídeos. De repente então até o WORD e o EXCEL permitem isso, será? :) Brincadeira.

A partir daqui, todas as matérias tiveram notas "ruins", ou seja, com uma nota que eu considero baixa pra um simulado, ainda que acima do threshold de 52% de pontos da última prova de agente (minha referência no momento).

Bem, então, a terceira melhor foi Processo Penal, em que fiz 65% dos pontos. Foram só 4 questões, acertei 3 delas. A que eu errei foi aquela que falava "Se o promotor de justiça, após analisar as conclusões do inquérito policial, não apresentar denúncia, mas, ao contrário, pedir o arquivamento do inquérito, o juiz, se entender improcedentes as razões do promotor, deverá indeferir o pedido e determinar o imediato início da ação penal.". Até agora não entendi porque essa questão está errada, pois até onde eu sei, realmente o MP pode pedir ao juiz o arquivamento, mas daí em diante não sei como é o procedimento, e parece então que, pelo gabarito, o juiz não pode indeferir o pedido e determinar o imediato início da ação penal. Das duas uma: ou ele tem que acatar o pedido, ou vai ter que submeter essa questão pra outro órgão/instância. Qual das opções é a correta? NÃO SEI! :)

As próximas matérias já se encontram todas abaixo de 52%, e duas delas ficaram com 50% da pontuação, que foram o maldito Manual de Redação Oficial (tema que nunca tinha estudado, até então, mas já está na minha pauta), Direito Constitucional e Direito Penal. 

Do manual, errei a questão 20 de bobeira, já que uma carta ao Presidente poderia ser finalizada com "Respeitosamente" né? A outra foi a 24, e eu acho que já até sei porque errei: o termo "técnica" deve estar incorreto, pois as comunicações devem ser em linguagem acessível (apesar de culta), e sem jargões. 

De Direito Constitucional, errei a 83, que falava sobre a ação popular. Essa eu dei mole mesmo, porque já tinha estudado esse assunto, o problema é que não tinha fixado ainda. Na realidade a ação popular não é só pra anular ato lesivo ao patrimônio público, mas sim: 1) ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, 2) à moralidade administrativa,  3) ao meio ambiente e 4) ao patrimônio histórico e cultural. Dei mole! PQP!

De Direito Penal, errei 2 questões. Primeiro a 88, que falava que "Nos delitos de homicídio e de roubo, a pena será aumentada caso o crime tenha sido praticado com o emprego de arma de fogo". Acho que o erro está na parte do homicídio, pois não há previsão de uso de arma de fogo como agravante. Já no roubo, acho que existe sim, é o parágrafo 2, inciso I: "se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma". Deve ter sido esse meu primeiro erro, e eu dei mole mesmo, porque esse assunto eu já tinha estudado e tinha que saber. A segunda questão errada foi a 90, que estava correta (mas marquei errada): "Pratica o delito de excesso de exação o funcionário público que exige tributo que sabe ser indevido". Essa questão eu errei porque não tinha estudado ainda essa parte do CP, artigo 316 que encontra-se no Título dos CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, em seu parágrafo 1: "Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza". Se eu já tivesse lido esse artigo uma vez na vida, acho que teria me lembrado. Mas não foi o caso, infelizmente.

Próximo assunto, Direito Administrativo, fiz 46%. Foram muitas questões na prova, 12 no total, e eu errei 4 delas. A primeira não é escopo da minha prova (só vi isso agora, já era), que perguntava sobre a composição do Tribunal Superior do Trabalho - nem vou pesquisar/comentar essa porque esse assunto não me interessa. A segunda era aquela que falava que "No âmbito da administração pública, a correlação entre meios e fins é uma expressão cujos sentido e alcance costumam ser diretamente associados ao princípio da eficiência". Eu marquei CERTO, mas estava ERRADA, e eu ACHO que o que está errado é que a palavra "meios" não é, na realidade, associada a eficiência. Eu achei que a questão estivesse certa porque li rápido, e entendei que a eficiência seria um "balanceamento entre meios e fins", mas no fundo a administração baseada em meios era característica da Burocrática, salvo engano (pessoal, materiais etc), e não os fins. Essa questão tem uma cara mais de Administração Pública do que Direito Administrativo, mas tá dentro da parte de Direito Administrativo da prova. Será? Enfim... 

A próxima errada de Direito Administrativo é a 61, que fala "A alienação de bens imóveis de propriedade da administração pública será precedida, necessariamente, de avaliação e será materializada por meio de licitação pública na modalidade de concorrência". Eu já tinha estudado esse assunto e deveria ter acertado, mas... Discordo do gabarito. Realmente, a modalidade padrão da alienação é a concorrência mesmo, mas eu entendo que há exceções. A modalidade leilão pra alienação é uma exceção prevista no artigo 19 da Lei 8666/93, que diz que pode acontecer: "Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as seguintes regras: // III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão." Ou seja, não entendi porque a assertiva está CORRETA e não ERRADA.

A última de Direito Administrativo que eu errei foi a 62, que fala: "O estudo da administração pública, do ponto de vista subjetivo, abrange a maneira como o Estado participa das atividades econômicas privadas". Eu marquei CORRETA, mas o gabarito é ERRADA. Bem, o ponto de vista subjetivo, pela definição do Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo é: "Administração Pública em sentido formal, subjetivo ou orgânico é o conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes que o nosso ordenamento jurídico identifica como administração pública, não importa a atividade que exerçam. O Brasil adota o critério formal de administração pública. Portanto, somente é administração pública, juridicamente, aquilo que nosso direito assim considera, não importa a atividade que exerça.". Não vou citar outras partes, mas isso aí inclui a administração direta e a indireta, sendo que a indireta inclui as empresas públicas e sociedades de economia mista, que exercem atividades econômicas regidas pelo direito privado. Logo, o ponto de vista subjetivo abrange, também, a forma como o estado participa das atividades econômicas privadas, que são essas duas formas. A questão me parece mal formulada, pois acho que a banca queria saber se o ponto de vista subjetivo é somente a questão privada. Não é SOMENTE, mas está INCLUÍDO. Acho que a essa questão cabe recurso.

Atualidades fiz 39%. Errei 3 delas. Uma foi a que falava que o governo da Catalunha recusou ajuda financeira (estava errada, mas eu marquei correta), eu achava que tinha lido algo sobre isso no jornal, mas não deve ter sido bem assim. A segunda foi que "Foram arrecadados mais de R$ 20 bilhões com o leilão dos aeroportos (...). Eu marquei ERRADA, porque não sabia que essa privatização dos aeroportos era uma venda ou alienação, achei que fosse só uma concessão para exploração do serviço, mas que os bens continuassem sendo do governo, mas pelo visto não é bem assim que funciona. A última dizia que os casos de privatização dos aeroportos de Brasília, Viracopos e Guarulhos foram os primeiros casos ocorridos no Brasil, e a resposta era ERRADA. Eu não lembrava de outros casos, por isso marquei CORRETA, e errei.

Em AFO, errei 3 questões. A primeira delas: "Somente depois da CF, com a criação da lei de diretrizes orçamentárias servindo de instrumento de ligação entre o plano plurianual e os projetos e ações colocados efetivamente em prática, o orçamento passou a exercer um papel no planejamento governamental". Eu marquei CORRETA, mas o gabarito era ERRADO. Acho que errei porque confundi os tipos de orçamento e qual deles era realmente associado ao planejamento. O orçamento de desempenho, anterior, não tinha ligação total com planejamento. Só no modelo orçamento-programa que isso aconteceu, mas eu achei que tivesse sido implantado só depois da CF/88, mas na realidade parece que o início disso se deu já através da lei 4320/64. De fato isso foi solidificado com a CF/88, mas é incorreto dizer que só foi colocado efetivamente em prática depois dela. Dei mole! :)

A segunda de AFO foi a que fala que "orçamento não gera recurso público". Eu acho que essa foi a parte que eu errei, marquei ERRADA, mas no fundo acho que está CORRETA, gera sim. Procede? 

A terceira de AFO não sei porque errei. "No caso de determinada fundação pública federal arrecadar receitas próprias, ela poderá manter os recursos decorrentes dessa arrecadação isolados da conta única do Tesouro Nacional em contas especiais mantidas especificamente para esse fim. Esses recursos somente poderão ser aplicados em títulos públicos federais com prazo fixo". Talvez o erro possa estar na parte de que "pode manter os recursos isolados" (mais provável) ou na parte que diz que "somente poderão ser aplicados em títulos públicos federais com prazo fixo". Depois vou verificar esta.

De Administração errei 3 também. A primeira falava sobre Ishikawa e Feignebaum, associando os dois à ideia de que se designe uma unidade responsável para garantir a qualidade dos processos e produtos entregues. Não sei exatamente, mas creio que esse seja o erro, já que com as ferramentas de qualidade propostas por ele, as pessoas diretamente envolvidas no processo é que devem ser responsáveis por identificar os problemas, através inclusive do seu exemplo clássico do diagrama espinha de peixe. Dei mole também, essa eu sabia a resposta! PQP.

A segunda errada dizia: "As entrevistas são excelentes ferramentas de seleção para se avaliar as habilidades interpessoais de candidatos". Discordo um pouco do gabarito, acho que uma entrevista não é uma forma "excelente" de avaliar isso, já que você não está analisando as reações e trejeitos do candidato em situações de relacionamento com outras pessoas. ACho que a melhor ferramenta seria a dinâmica de grupo. Errei por causa disso, marquei ERRADA quando o gabarito era CORRETA.

A última errada foi a 104, também de qualidade, que dizia que: "A ferramenta de gestão da qualidade denominada 6 Sigma prevê a redução radical de desperdícios por meio da eliminação de produtos defeituosos". Essa foi uma questão de semântica (da minha parte), um erro bobo de interpretação. Na realidade eu sabia que nenhuma ferramenta de qualidade seria possível de eliminar 100% dos produtos defeituosos. Eu lembrava que o percentual objetivo a ser atingido pelo six sigma era BEM ALTO, bem próximo de 100%, mas não igual a 100%. Só que a definição do six sigma fala sim sobre "eliminação dos defeitos", e inclusive o percentual a ser atingido é de 99,99966%, o que NA PRÁTICA, é 100%. Eu acabei achando que a eliminação total não era possível, e que por isso a questão estaria errada, mas não... o conceito é esse mesmo!

Fica por aqui a análise, mostrando que a maioria das coisas que eu errei foram coisas que eu JÁ SABIA, mas não me lembrava do assunto direito, ou confundi os conceitos. Poucas foram as coisas que eu realmente não sabia, não tinha estudado. Isso significa que, no final do dia, o que eu preciso mesmo é fixar os conceitos que eu teoricamente achava que já dominava.

É isso, e até a próxima, Domingo que vem à tarde no TCU! Fui.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

MÉTODO DO CICLO DE ESTUDOS

Hoje cheguei no capítulo do livro do Alexandre Meirelles (denominado "Como Estudar Para Concursos", Ed. Método) que fala sobre o método do Ciclo de Estudos, e vou tecer alguns comentários rapidamente. 

Em primeiro lugar, cabe ressaltar que eu nunca tinha estudado por esse método -- na realidade nunca estudei, ainda, pois tomei maior conhecimento/contato com ele somente hoje. Anteriormente, sem ter lido a fundo sobre ele, sem ter tomado alguns exemplos, sem ter analisado os prós e contras, sempre achei que fosse um método muito descontrolado, e que você ficaria muito "solto" pra estudar o que quisesse a cada dia. Pra pessoas preguiçosas e procrastinadoras como eu, não funcionaria. Mas acho que existem algumas vantagens que, se corretamente aplicadas, podem funcionar.

Em primeiro lugar tem essa questão de ficar muito solto, porque com esse método você não tem horas mínimas estipuladas de estudo por dia, e vai estudando ao longo do tempo, de acordo com a disponibilidade. Isso pra mim é ruim, como já comentei, mas acho que pode ser feita uma adaptação desse método, para se chegar a um conceito híbrido que poderia funcionar comigo.

Como eu vinha estudando até então? Como estou com dedicação exclusiva, estipulei que poderia estudar de 6 a 8 horas líquidas por dia, todos os dias da semana (segunda a sexta-feira), o que me permitiria estudar de 2 a 3 matérias por dia, aproximadamente, considerando uma média de 2 horas por matéria, cada uma dividida em 2 blocos de 1 hora cada, com intervalos. Pra cumprir essa tabela, eu teria que ter 9 horas brutas de estudo pra atingir 6 horas líquidas, ou 12 horas brutas pra atingir 8 horas líquidas, considerando um rendimento de 66%, que é o normalmente utilizado (daí pra menos).

É foda colocar uma meta agressiva como essa por dia, apesar de não estar trabalhando, mas acho que isso é uma questão de tempo. Se no início só for possível ficar 4 horas líquidas por dia sentado na cadeira, que fique. Depois, que vá aumentando para 5 horas, 6 horas (que já é um bom número), até chegar à excelente marca de 7-8 horas líquidas por dia, que é um número bem razoável.

Mas bem, então, eu estava colocando uma meta alta demais, e não estava conseguindo estudar 6 a 8 horas líquidas por dia. Essa semana por exemplo eu consegui estudar 4 horas líquidas na segunda-feira, 7 horas líquidas na terça-feira, 6 horas líquidas na quarta-feira e 4h30 líquidas hoje, o que dá uma média de 5h20 por dia, que é abaixo da meta mínima de 6 horas. Ou seja, é foda mesmo.

E pense você que eu estipulei as matérias que eu ia estudar a cada dia, com compromisso, e nem consegui estudar todas elas. Imagina se seguir o método do ciclo, sem compromisso nenhum com horas mínimas de estudo por dia? Isso me preocupou bastante, e comecei a pensar como poderia resolver isso.

Claro que ao longo do tempo, conforme você vai fazendo o ciclo, sua "gana" vai aumentando, com o objetivo de ir diminuindo cada vez mais o tempo de cada ciclo, mas e no início? Alguma meta mínima tem que ser definida, pois do contrário o cidadão não vai estudar é porra nenhuma. Foi isso que eu pensei, então estabeleci um método gradual de aumento de estudo mínimo por dia, usando o método do ciclo. Como eu pretendo fazer isso? 

Bem, meu escopo de estudo contém 12 matérias. Em primeiro lugar fiz uma tabela enorme com parâmetros de análise pra cada matéria, cada uma com um peso diferente, e atribuí pontos pra cada matéria, como por exemplo: meu conhecimento prévio no assunto, a quantidade de material disponível na internet e em livros, quantidade de questões/pontos na prova, complexidade da matéria, volume de matéria a ser estudado, e por último a minha dificuldade pessoal em cada uma delas.

Ao atribuir alto, médio ou baixo pra cada quesito, e com os pesos diferentes em cada quesito (exemplo: "volume de matéria" tem um peso bem maior do que "quantidade de material disponível na internet", pois é bem mais relevante), cheguei a uma pontuação final que me fez poder enxergar o nível de importância de cada assunto, e esse critério ponderado final definiria pra mim a quantidade de horas a estudar cada matéria em cada ciclo. 

As matérias principais ficaram com 6 ou 5 horas por ciclo (sendo estudadas 3x em cada ciclo). As do segundo nível com 4 horas por ciclo (estudadas 3x ou 2x no ciclo), depois outro grupo com 3-2 horas (2x no ciclo também) e o último com 1 hora somente (1x por ciclo). Meu ciclo ficou meio grande, com 38 horas... Aí que entra o método gradual dos ciclos. Mas isso aconteceu porque eu tenho matérias muito discrepantes, então pra diferenciar dentro do ciclo uma matéria "ridícula" com outra muito difícil, tive que aumentar o tamanho do ciclo, mas mesmo assim acho que vai funcionar.

Defini que, na primeira rodada do ciclo, ou na primeira mais a segunda rodada, não sei ainda, vou estudar só 2 matérias por dia, o que significa dizer que vou terminar o ciclo em 11 dias. Na terceira vez e na quarta, vou aumentar o número de matérias por dia, em alguns dias vou estudar 2, em outros vou estudar 3 matérias, o que vai me fazer conseguir cumprir o ciclo em 9 dias. Na quinta e na sexta vez eu vou aumentar pra 3 ou 4 matérias por dia, fechando o ciclo com 7 dias. Na sétima vez em diante vou estudar usualmente 4 matérias por dia (8 horas líquidas por dia), e ai vou fechar o ciclo com 6 dias. Sei que vai ser BEM DIFÍCIL chegar nesse nível mais avançado (ciclo de 6 dias), mas se eu já chegar no ciclo de 7 dias, ou mesmo 8 dias, já está de MUITO bom tamanho.

Dessa forma, estabelecendo um parâmetro de tempo mínimo pra fechar o ciclo no início, consigo me adaptar, e gradualmente migrar do método atual (que determina antecipadamente as matérias a serem estudadas em cada dia da semana) pro método do ciclo. No início vou demorar pra caramba pra fechar o ciclo (11 dias), mas com o tempo vou diminuindo pra 10 dias, 9 dias, 8 dias... que já será uma excelente marca. Se conseguir 7 ou 6 dias, estarei totalmente realizado em termos de estudo.

Depois eu posto com mais detalhes quais foram as matérias em questão, qual critério eu usei para sequenciá-las, posso colocar fotos das tabelas ou mesmo disponibilizar as planilhas pra download.

E ao longo do tempo vou comentando o que estou achando do método. A idéia é que eu comece a utilizá-lo a partir da segunda-feira da semana que vem.

MODA DE FAZER CONCURSO PÚBLICO

Uma amiga minha veio me falar ontem que começou a fazer um curso preparatório aos sábados pro concurso do BNDES, cargo Economista. Ao saber dessa notícia, a primeira coisa que me veio à cabeça foi: concurso realmente tá na moda. Esses cursinhos (online ou presenciais) devem estar passando por uma excelente fase, com altas receitas, boa lucratividade. É a hora de surfar a onda. Acho que essa fase vai durar aí uns 2-3 anos, pelo menos (se não mais), até estourar a bolha novamente.

Isso está acontecendo pela oferta enorme de vagas que está aparecendo no mercado, devido ao crescimento da estrutura pública no Brasil (copa, olimpiadas, BRICs, etc) e também pelo fato de que passamos um bom período sem concursos, e agora os empregados estão ou se realocando no mercado (indo pro privado, talvez?) ou se aposentando. Isso aumenta a quantidade de vagas abertas e também diminui o número de pessoas que atualmente estão empregadas nessas vagas, ou por evasão ou por aposentadoria.

Sei que o que eu mais vejo é edital abrindo e os cursinhos (muito principalmente os ONLINE) com enxurradas de propagandas por email, com descontos cada vez maiores, tentando atrair essa enorme parcela de "desavisados" que acabam sendo influenciados pela "onda" dos concursos.

Nem acho que isso seja uma preocupação pra mim, porque essas pessoas não passam de meras "interessadas" no concurso, como define o Alexandre Meirelles no seu livro COMO ESTUDAR PARA CONCURSOS, ou seja, elas têm de fato um desejo legítimo de passar pra um concurso e ter um emprego público, mas não estão "compromissadas" com isso. Algumas vão passar (muito poucas), porque são inteligentes e têm sorte, mas tantas outras vão morrer na praia e engordar os donos de editoras de livros, cursinhos e de bancas examinadoras, que ganham R$ 80-120 por inscrição, dependendo do concurso.

Pra essa minha amiga, só prestei uma ajuda bem básica, perguntando o motivo que a estava levando a fazer concurso pro BNDES, e qual cursinho ela estava fazendo. Tentei dar uma motivada, utilizando o velho e bom "choque de realidade", no intuito da pessoa se conscientizar e estudar REALMENTE, mas na maioria dos casos de nada adiantam conselhos: as pessoas só aprendem na prática. Isso aconteceu inclusive comigo. Comecei fazendo concurso no final de 2010 estudando 1 mês antes da prova da CVM, o que obviamente não deu em nada. Depois, estudei intensamente pro BNDES depois que o edital já tinha saído, também não deu em muita coisa. Daí então fui fazendo concursos aleatórios, dos mais diversos tipos e gostos, misturando concursos fiscais (TCE, SEFAZ, SEPLAG, TCU) com empresas públicas e SEMs (Petrobras, Casa da Moeda, Transpetro, BNDES), Polícias, Tribunais, etc. Uma mistureba só, que não deu em nada. 

Só depois de ralar bastante e entender de uma vez por todas, na pele, que a estratégia que funciona melhor no menor prazo possível é a de Sniper, resolvi estudar pra uma área só. Espero que essa minha amiga seja muito inteligente e sortuda. :)

Bem, e se você está ouvindo falar muito sobre concurso atualmente, se todo mundo ao seu redor está pensando em fazer concurso, inclusive seus colegas do trabalho mesmo, o porteiro do seu prédio, sua irmã, sua mãe, seu filho, seu vizinho, sua empregada doméstica, etc, é porque tem alguma coisa errada na história. Sabe aquela parada que dizem que quando o seu PORTEIRO do prédio comenta com você que começou a investir na bolsa de valores, é hora de sair do mercado? Então, é mais ou menos parecido, só que a diferença é que você não precisa sair do mercado, mas ficar bem mais feliz e confiante porque tem um monte de gato pingado aventureiro que pegou o bonde andando e ouviu o galo cantar não se sabe onde competindo com você, ou seja, que não vai fazer a menor diferença pra você no final das contas, só pra reforçar suas qualidades e forças pra seguir em frente e conseguir sua aprovação.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

NOVA ERA DE ESTUDOS SE INICIA

Hoje, terça-feira, depois de ter conseguido estudar um total de quase 7 horas líquidas, 4 matérias diferentes, sinto que foi um dia de vitória. Hoje é o segundo dia do meu "novo plano de trabalho", que contempla um dia-a-dia planejado com mais aperto, com um controle melhor, e com as dicas valiosíssimas do Alexandre Meirelles, escritor do livro "Como Estudar para Concursos Públicos". Sinto que estou no caminho certo, e vou contar um pouco o porquê.

Sempre tive muita dificuldade pra me concentrar no estudo. Sempre fui um procrastinador nato. Isso nunca me trouxe nenhum tipo de problema na vida pessoal, estudantil ou profissional, pois por acaso nasci com uma inteligência que meus familiares dizem ser acima da média (apesar de eu achar que é abaixo da média, quando comparo com meus amigos e colegas de colégio, faculdade e trabalho). Por isso sempre consegui passar nas provas mais difíceis, estudei num excelente colégio público (na época, ficava entre os 5 primeiros no ranking do vestibular), passei pra uma faculdade pública também excelente, num vestibular extremamente disputado, e mesmo assim sem me esforçar muito.

Nos últimos 2 anos vim lutando, e bastante, com essa minha aversão a estudar, mas sem entender tecnicamente porque é que eu não conseguia fazer isso, e também sem entender porque é que eu teria que fazer isso agora, já que nunca precisei de tal coisa. Ao longo do tempo fui percebendo um monte de coisa, e demorou pra cair a ficha realmente do que eu deveria fazer pra pelo menos tentar ser um concurseiro de sucesso -- coisa que ainda estou batalhando pra um dia conseguir.

Em primeiro lugar, não sei se pelo fato do tema ser relativamente novo pra mim, notei que eu tenho menos relutância em estudar matérias de Direito do que matérias de exatas, com as quais convivi durante 5 anos na faculdade de Engenharia e nos últimos 2 anos em estudos malucos para o BNDES. Em segundo lugar que ACHO que encontrei um concurso pra fazer que realmente me desperte a vontade de estar lá. Em terceiro, livros de auto-ajuda para concurseiros (se é que se pode chamar assim), bem como os que ensinam técnicas apuradas de estudo (como o do Meirelles) estão me ajudando muito nessa jornada. Estou percebendo um monte de erros que eu cometia (e ainda cometo, pois ainda estou aprendendo como proceder), e que agora estou tentando corrigir.

Toda essa mudança no arcabouço técnico que suporta as longas horas de estudo e otimizam as horas sentado na cadeira, a auto-consciência da necessidade de estudar (E MUITO) pra conseguir passar pra um concurso com segurança e a motivação pra arrumar um emprego o mais rápido possível estão me ajudando bastante, e isso já é perceptível no segundo dia da minha nova fase, no meu novo planejamento.

Esse novo planejamento de estudo que começou a ser aplicado ontem, que inclui o estudo de 3 matérias diferentes por dia, por no mínimo 6 horas por dia (máximo de 8 ou 10, ainda vou ter que "testar" meus limites), juntamente com os treinamentos físicos, parece que realmente está funcionando. Sei que talvez seja cedo pra falar, e talvez eu esteja enganado, talvez seja uma euforia momentanea, mas isso eu só vou saber mesmo daqui a algumas semanas. Se eu conseguir manter esse ritmo de estudo de pelo menos 6-8 horas líquidas de estudo por dia, não deixando de estudar as 3 matérias diferentes por dia, fazendo os resumos, marcando as partes importantes dos livros, utilizando os flash-cards e fazendo uma quantidade enorme de exercícios, acho que eu consigo chegar lá.

Já é notório perceber também que: começar os estudos o mais cedo possível no dia (às 8h, ou no máximo 9h) também ajuda bastante. Estou fazendo baterias de 1 hora de duração, com intervalos regulares de 15-20 minutos pra descanso e outras coisas. Estou conseguindo um rendimento de aproximadamente 66% do tempo. Minha idéia é ir aumentando esse número aos poucos, a fim de otimizar ao máximo o meu tempo e entrar numa rotina de estudos própria pra concursos, coisa que eu nunca tinha experimentado antes porque não conhecia e nem sabia como era, e também porque nunca precisei realmente, como já expliquei. Mas como esse desafio é bem grande, daqui pra frente todo esse aparato estratégico, tático, técnico e psicológico vai ser imprescindível pra alcançar um bom resultado mais pra frente. 

Depois conto mais detalhes do plano de estudos, dos resultados que venho atingindo, dos livros que estou usando, dos cursos que assinei, e das técnicas próprias que também estou usando, para complementar aquelas que estou aprendendo dos mestres e tutores com quem venho me consultando.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

MINHA CONCLUSÃO ATUAL SOBRE QUAL CONCURSO FAZER

Bem, na minha última análise terminei com uma lista de coisas a fazer; na realidade uma lista de coisas a analisar, pra tentar definir uma área de estudos pra focar.

 1) Começar a entender como funciona a área fiscal (concursos, áreas, matérias, cursos, etc), e começar os estudos; 
2) Dar uma olhada nas áreas do BACEN novamente, pra saber qual delas tem mais a ver com fiscal; 
3) Não esquecer de incluir na análise as matérias da PF e do BNDES; 
4) Por último, fazer uma grade de estudos de longo prazo que contemple a área fiscal (principal), mas com pitadas das secundárias, com bem menos frequencia e intensidade.

Pois é, depois de ter feito essa listinha aí, comecei a pensar em cima dela, e de fazer item a item o que eu tinha me comprometido. A ordem das tarefas eu não segui muito bem, mas fui tentando desenterrar as informações onde quer que eu as pudesse encontrar. Algumas dúvidas foram respondidas por amigos que hoje em dia são AFRF (tenho 3 deles), outras eu mesmo garimpei e perguntei. Vamos às respostas encontradas até o momento.

1) Entendi com um bom nível de detalhe qual a dinâmica de funcionamento da área fiscal. Parece que tem cursinhos online muito bons, tipo o Ponto dos Concursos (cursos em PDF) e o Canal dos Concursos (cursos em video), mas há que se comprar essescursos por módulos, pra pegar os melhores professores de cada um, que me foram citados para cada matéria. Além disso, pra complementar, é bom também comprar uns livros de qualidade, que podem ser usados para consultas eventuais. Comprados os cursos, comprados os livros, você tem todo o material na mão, aí é só começar a estudar pra cacete, umas 10 horas líquidas por dia, de segunda a sábado, e um pouquinho no domingo também. Mas até aí não falei das áreas dentro da área fiscal. Bem, entendi que tem três sub-áreas, uma fiscal mesmo, tipo Fiscal ICMS, Fiscal ISS, Auditor Fiscal da Receita Federal (AFRF), e outros (poucos). A outra sub-área é a parte de AFO, ou seja, Administração Financeira e Orçamentária, que seriam as Secretarias de Fazenda (tipo SEFAZ, SEPLAG) que fazem os orçamentos e planejamentos financeiros. A terceira sub-área seria composta pelos órgãos que fazem a fiscalização externa, ou seja, os Tribunais de Contas (TCU, TCE-RJ). A "área fiscal" é composta na realidade pelas 3 sub-áreas: fiscal, afo e tribunais. Se você escolher a área fiscal, as matérias entre cada sub-área, pelo menos serão um pouco parecidas (as mais básicas, que se aplicam a todas). Claro que não dá pra estudar "pra tudo", creio que dê pra estudar as matérias fiscais básicas, algumas mais avançadas, focando por exemplo a sub-área fiscal, e ao sair o edital ou se aproximar dele, você pode focar na área bem específica pro concurso que voce quer, por afinal mesmo dentro da sub-área existem concursos distintos, como por exemplo o do ICMS pro do ISS, ou o da Receita Federal pro ICMS. Enfim, esse é mais ou menos o resumo da área fiscal.

2) BACEN eu achei legal porque até o presidente do Sindicato deles andou dando umas entrevistas por ai afirmando sobre a quantidade de vagas que provavelmente terão nos próximos concursos, vai ser um negócio monstruoso, tipo quase 2 mil vagas incluindo nível superior e nivel médio. O problema é que o Bacen tem uma gama de matérias pra cada área bem específica, e não adianta estudar pra todas as áreas, porque provavelmente as provas serão todas no mesmo dia, então pra quem quer trabalhar no Bacen, pegue o último edital, entenda cada uma das áreas, escolha uma que você tenha afinidade pra trabalhar nela, ou que tenha facilidade com as matérias que são cobradas e vá em frente. Eu não encontrei uma área que fosse 100% a minha praia. Area 1 é pra informatica. Area 2 é pra economia, politica monetária, etc., então cai muita economia. Area 3 é fiscalização, entao alem de ter que sacar de contabilidade, operacoes financeiras, etc vai ter que saber direito penal, administrativo, comercial/empresarial, e um pouco de auditoria. A area 4 é de "administração", pois tem parte de RH, comunicação, Estratégia, Processos, Logística, gestao do conhecimento, etc. É bom pra quem é administrador ou engenheiro de producao. A área 5 acho que é a galera que projeta as instalacoes, pois cai RH, arquivologia, auditoria/controles internos, direito administrativo, contabilidade, matematica financeira, e parte de infraestrutura, obras. AChei meio caído pro meu caso. A área 6 acho que cuida de processos internos ou dá suporte a outras areas, pois cai Legislacao especifica do bacen, direito empresarial/comercial, direito civil, direito processual civil, administracao financeira e orçamentária, um pouco de RH, teoria das organizacoes, e gestao do conhecimento. Nada do que eu estou estudando tem a ver com isso em alto grau...

3-Parte 1) Analisei também o que eu vinha estudando pra PF e BNDES. Minha conclusão sobre o BNDES é que é um concurso muito dificil pra passar, muito concorrido e alto nível. As pessoas se preparam pra ele e tem uma boa formação, então as notas de corte são altas. O concurso só ocorre de 2 em 2 anos praticamente, e quase não têm chamado os engenheiros, pois o banco está no limite de funcionários permitidos por seu estatuto. Também não estou conseguindo ver uma boa relação de causa-e-efeito entre estudar as matérias que caem na prova e passar na prova. Vi muita gente estudando direto desde Janeiro de 2011 e até agora nada. Acho que se tivessem estudado pra outros cursos com mais material disponível, de repente poderiam ter passado mais rápido. 

3-Parte 2) Sobre a PF, dei uma boa analisada nas matérias e na carreira. É o concurso que mais me motiva neste momento, e isso é muito importante, porque é a habilidade mais necessaria pra acumular muitas BCH e adquirir conhecimento. Eu não posso prestar o curso pra Perito, que tem o salário de R$ 13 mil, pois a minha formação não me permite. Minhas possibilidades atualmente são Agente e Escrivão, ambos com salário de uns R$ 7 mil se não me engano. Aí que tá o lance: se eu realmente gosto da area policial e vou gostar do trabalho desenvolvido lá, seria uma coisa natural começar a pensar em fazer uma segunda graduação, em Direito, pra depois tentar o concurso pra Delegado. Ou mesmo fazer ciencias contabeis ou economia, e fazer o concurso pra Perito, também seria uma outra opção. OU seja, poderia aumentar meu salário (dobrar), aproveitar as matérias que venho estudando ao longo do tempo, e continuar trabalhando com o que gosto. Outra opção, no caso agora de eu não gostar da policia, poderia voltar a estudar pra Fiscal, pois as matérias são mais ou menos parecidas. Não muito, mas alguma coisa da área de policia pode ser aproveitada na área fiscal, com algumas adaptações.

Sobre o item 4, entendo que esteja totalmente furado, pois quando pensei nesses 4 itens, estava mais ou menos pensando em "corroborar" uma decisão que estava na minha cabeça, que seria a de fazer o concurso pra área fiscal mesmo. Só que aí entram minhas reflexões sobre cada uma das áreas, pra concluir o raciocínio.

Area Fiscal: acho que tem bastante vaga ofertada, se considerar as áreas de fiscalização mesmo, os tribunais de contas e a as secretarias de fazenda que fazem planejamento e orçamento. Também tem a possibilidade de trabalhar aqui no Rio de Janeiro mesmo, pois volta e meia SEFAZ-RJ e TCE-RJ fazem concursos, inclusive TCE acabou de ter um e vai ter outro ano que vem, e SEFAZ teve um esse ano e vai ter outro esse ano ou ano que vem. Pra quem vem estudando essa gama de matérias, e quer continuar morando no Estado do Rio (a cidade, não se sabe, ao que parece), parece uma boa. Os salários também são legais. Tem que dar uma pesquisada nos Editais pra corroborar essas informações, mas acho que é mais ou menos por aí. O único problema, pra mim, é que eu sou um cara meio preguiçoso, então não sei se conseguiria estudar tantas horas por dia, por tanto tempo, com tantas matérias diferentes. Sei que a vantagem tambem da área fiscal é que tem muito material disponível pra consultar, muito cursinho aberto etc. Mas também eu não tenho motivação nenhuma pra trabalhar com isso, então o que pode ser que aconteça é que daqui a um tempo estudando pra área fiscal eu fique desanimado e queira trocar de área novamente, o que não seria uma boa pra mim. Por isso, a principio, achei melhor deixar de lado a área fiscal, e pensar nela como uma segunda opcao caso a PF não funcione.

Bacen: as matérias são muito específicas daquele concurso, então acho que se estudar pra ele, e não passar, não vou ter o que fazer com o conhecimento adquirido. A única possibilidade seria aproveitar, parcialmente, para o BNDES ou para a área Fiscal. Mas ficar trocando de área toda hora é foda, e eu nao queria fazer isso. Entao, não acho que valha a pena fazer Bacen, pois o risco de nao passar existe, e se isso acontecesse eu teria que mudar muito de área.

BNDES: acho que já explicitei os motivos acima, né?

PF: também já explicitei um pouco acima, mas vou complementar. É uma área de trabalho que me motiva bastante, da qual tenho afinidade, sempre tive, e isso ajuda bastante nos estudos. Há uma certa oferta de cursos, materiais, livros, provas antigas, simulados exercicios, então não há com o que se preocupar quanto a isso. Também tenho amigos estudando pra esse concurso, que podem ser companheiros nas dúvidas, e todo mundo se ajuda. É um concurso com uma nota relativamente baixa pra passar, em relação aos demais, e muito menos matérias. As matérias também são mais interessantes do que os outros. A quantidade de vagas também é bem grande, e o governo ainda pretende colocar muito mais vagas ai no ar, pra um futuro próximo. E mesmo assim se não rolar de passar, mesmo nos próximos concursos que vão rolar, o conhecimento acumulado serve tanto pra área fiscal quanto pro Bacen, então dá pra migrar numa boa (ultimo caso).

Dessa maneira, pegando o gancho com a deixa que eu dei na semana passada, pensando durante toda essa semana, acabei meio que quase tomando uma decisão por só estudar pra PF, e não abrir nenhuma exceção, nem pra concurso de SEFAZ, nem BACEN nem BNDES. Claro que eu vou me inscrever pra essas provas todas, vou lá fazer, vou tentar com todas as minhas forças mandar bem, mas não vou estudar 1 minuto em casa fora do escopo da prova da PF, pois pelo que entendi quando fiquei refletindo da semana passada pra cá é que: os concursos são muito diferentes uns dos outros, as bancas são diferentes, os níveis de dificuldade são diferentes, as perguntas são diferentes, os processos de seleção são diferentes, os concorrentes são diferentes, muita coisa muda. NÃo tem como "estudar um grupo de materias principais e um grupo de materias secundárias". É perda total de tempo e de foco, e no final das contas isso aí só leva a um resultado: um monte de nota mediana ou ruim pra um monte de concurso, e sua aprovação nunca vai acontecer. A única forma de garantir que voce vai passar, mesmo que demore 1, 2, ou até 3 ou mais concursos, é focando só naquele concurso, estudando só aquelas matérias, se aprofundando cada vez mais nos assuntos. Fazendo desta maneira, salvo se acontecer alguma desgraça contra você, certamente sua nota vai aumentando cada vez mais ao longo do tempo, dos simulados, dos exercícios e dos próprios concursos que você vai prestar, e daqui a um tempo sua nota será tão alta que você estará dentro (isso se não passar pra outro concurso paralelo "sem querer" antes disso).

Enfim, a dica de quem está há 2 anos desempregado, e passou um bom período desses 2 anos estudando, cada hora pra um concurso diferente, "atirando pra todos os lados", é a de que esse método porra-louca não funciona. O que funciona é você pensar bem o que voce quer fazer da vida, onde quer morar, qual salário quer ganhar, qual funcao publica quer ter, como quer ser visto pela sociedad,e etc, etc, colocar tudo isso num grande liquidificador e chegar à conclusão sobre o que realmente é melhor pra voce. Eu sempre ouvia meus amigos e colegas me aconselhando a fazer isso, vários deles, concurseiros ou não, e eu nunca dava ouvidos, achando que eu era super inteligente e teria capacidade pra estudar pra vários concursos completamente diferentes uns dos outros ao mesmo tempo, e obteria sucesso em pelo menos um deles, ou até em mais. Estava completamente enganado. Isso não funciona. Quanto mais você focar num concurso, melhor. Sei que pra quem não tem muita idéia estabelecida sobre o que quer fazer ou em qual instituição quer trabalhar é mais difícil tomar essa decisão, mas é algo que uma hora ou outra vai ter que ser feita, e o quanto antes for feita melhor. Se precisar, procure o RH dessas instituições, procure algum amigo ou colega,  ou conhecido de um conhecido que trabalhe lá, que você possa conversar um pouco pra sabre como é o trabalho, conhecer os benefícios, etc. Só assim você vai conseguir fazer a sua estratégia da maneira correta, que é: escolher um só concurso e atirar nele de SNIPER, mesmo que demore alguns anos pra isso acontecer, pode ter certeza que se você for uma pessoa inteligente, estiver usando os materiais certos, estiver estudando várias horas por dia e fazendo MUITOS exercícios, a aprovação é CERTA. Confie em você.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

HABILIDADES PARA CONCURSO PUBLICO E AREA PRIVADA

Estava discutindo com uma amiga virtual hoje a questão dos concursos públicos, e também pensando comigo mesmo sobre as habilidades (skills) necessários para se passar num deles. Essa ponderação se iniciou porque eu estou pensando em voltar a fazer análise, pra entender o meu papel no concurso público, entender quais são as minhas habilidades, como eu posso usar meus pontos fortes para passar nessa jornada sem maiores percalços. Claro que também posso chegar à conclusão de que eu não tenho as habilidades necessárias, e aí eu tô ferrado, vou ter que buscar outra coisa pra fazer... Mas isso aí eu só vou descobrir mais pra frente.

Quando eu fazia análise, com essa mesma pessoa que eu estou procurando agora pra voltar a fazer, nós chegamos à conclusão, depois de uns 2 anos de discussões árduas, que realmente o concurso público era "a minha praia". Eu tentei rebater essa conclusão de todas as formas, fazendo o papel do advogado do diabo, mas não obtive êxito. Depois de muito discutir, dei o braço a torcer, e pedi meu desligamento da firma. Só consegui fazer isso, com certeza, por causa do apoio deste profissional, que me ajudou a ponderar os pós e contras, e analisar profundamente o meu perfil, para que eu não tomasse uma ação errada. Recomendo fortemente a quem esteja passando por um momento difícil na firma, ou mesmo  quem esteja passando por uma dificuldade emocional, um problema pessoal ou de relacionamento. O Analista ajuda você a se entender melhor, coloca questões pra você pensar, te dá idéias, sugestões -- apesar de não tomar as decisões por você, o que é ótimo né?

Bem, o que me fez repensar isso tudo e o que me deu vontade de voltar a falar com minha Analista é justamente essa questão das habilidades para se fazer concurso. Certamente eu tenho características pessoais que me fazem estar mais adequado a um trabalho público, segundo nossas análises. Mas e as habilidades que eu necessito para conseguir ingressar numa carreira pública, será que eu tenho? Quais são essas habilidades? Quais eu tenho e quais eu não tenho? As que eu não tenho eu posso adquirir? As que eu tenho e preciso melhorar, será que eu consigo? 

Muita gente, principalmente quem está na área privada, que normalmente tem a visão somente do "seu lado da moeda", pode achar que quem "precisa fazer concurso" é quem não tem capacidade de se dar bem na vida privada, que é burro, que não consegue se relacionar, que não tem tino comercial, que é vagabundo, que é incapaz, e que por isso recorre a esse meio. E quem faz concurso público NORMALMENTE já trabalhou na área privada, e depois disso teve seus motivos para trocar de lado. Então, usualmente, quem faz concurso sabe exatamente o que precisa ser e ter para ser um concurseiro de sucesso, e quem somente trabalhou na área privada não consegue fazer essa comparação.

Pois bem, eu já estive dos dois lados. Estive antes do lado da vida profissional privada, e agora estou do lado do concurso público, e já tenho uma boa noção das habilidades necessárias para cada carreira. De início, já posso dizer que são relativamente incomparáveis. Não é possível dizer que fulano é melhor do que cicrano porque faz concurso ao invés de trabalhar na vida privada, ou o contrário. Não dá pra comparar alhos com bugalhos, ou bananas com laranjas. São coisas diferentes.

Vejo isso claramente porque sempre fui uma pessoa esperta, e no trabalho sempre tive tiradas rápidas, boas idéias, criatividade, aprendi rápido, coloquei em prática as coisas que aprendi, sempre fui observador. Essas eram características boas pra quem estava no meio privado, dentre outras tantas que eu poderia citar aqui (quer ou as tenha ou não). Apesar de que também tinha alguns defeitos, como ser procrastinador, um pouco ansioso, indeciso e preguiçoso.

Pois bem, e quais as características e habilidades necessárias para ser um concurseiro? Claro que depende do nível de dificuldade do concurso, e eu aqui vou me referir às habilidades e características para concursos de altíssimo nível, os que pagam os maiores salários do Brasil, os mais disputados. Bem, acho que as características e habilidades principais, não necessariamente nesta ordem, são: 

1) Motivação: sem um norte, um objetivo, um target, um desafio, ninguém vai a lugar nenhum. Não adianta você ter um excelente planejamento, livros bons, frequentar cursos, ter tempo livre, etc, se não tiver uma motivação muito forte. Talvez inclusive esse seja o principal ponto. É a motivação que vai te fazer acordar mais cedo e dormir mais tarde, que vai fazer com que seu cérebro se concentre melhor, com que você aprenda mais e mais rápido, com que você faça uma quantidade maior de exercícios e que escreva resumos mais perfeitos. Sem um motivo, as coisas perdem sentido, você começa a ficar impaciente, perde o foco, e a matéria não gruda. Eu sei disso porque já tive momentos de motivação máxima, na época em que estudei pro BNDES pela primeira vez, e momentos de motivação zero (no meio de 2011), e por isso posso falar com toda a certeza que isso faz realmente a diferença. Então, comece verificando se você tem uma motivação legítima. Caso não tenha, tente encontrá-la, tente criá-la ou tente obtê-la de alguma forma, pois será imprescindível. 

2) Paciência/Serenidade/Auto-Controle: essa habilidade vai fazer com que você seja capaz de executar brilhantemente planos de longo prazo. Um alto grau de paciência vai fazer com que você tenha "saco" de ficar sentado na cadeira por horas e horas, às vezes tratando de um tema chato, isolado dos amigos, do mundo, do Facebook, vai te dar o gás necessário para fazer uma longa bateria de exercícios ou ler um texto longo. A serenidade e o auto-controle pra mim são o contrário da ansiedade, e vai fazer com que você tenha a calma e o sangue frio de estudar pra um concurso só (com total foco), e vai resistir à tentação de ficar toda hora estudando pra editais de concursos menores que aparecerem, toda hora trocando de plano. Isso vai te ajudar a te manter na mesma minha estratégica que você um dia traçou. São os instrumentos que você precisa ter para adquirir confiança, ao longo do tempo é claro, de que seu plano é bom e vai dar certo. Uma coisa vai ajudando a outra, então quanto mais dessas 3 habilidades você tiver no início da trajetória, mais confiança você vai tendo, e cada vez também mais serenidade, mais auto-controle.

3) Recursos (tempo, dinheiro): esse item não é uma habilidade, talvez seja uma característica do seu contexto. Ter tempo e ter dinheiro é bom, mas é melhor tomar cuidado. No meu caso, tenho 100% de tempo e dinheiro, posso gastar meu tempo integralmente com o concurso, e também tenho dinheiro guardado pra ficar estudando por muito tempo (anos a fio). Meu pai também é saudável, tem um excelente emprego público, e eu moro com ele, não tenho contas pra pagar, não tenho dívidas, tenho um bom patrimônio líquido. Ou seja, tenho a faca e o queijo na mão. Mas isso também pode ser ruim no sentido de que se você não está passando necessidade, se não está no "perrengue", você perde um pouco da sua motivação. Eu às vezes me vejo como alguém que não PRECISA de fato estudar e passar numa prova, não tenho o elemento PRESSÃO nas minhas costas. Ninguém me cobra nada (ou quase nada), nem meus pais, nem minhas irmãs, nem meus amigos. Pressão zero, dinheiro sobrando pra viver numa boa, casa comida e roupa lavada. Isso acaba deixando a coisa meio frouxa. Por outro lado, ter dinheiro é bom pra comprar livros à vontade, fazer cursos, etc. Tempo também é bom porque você pode gastar todo ele, se quiser, com o concurso. Mas como disse, tome cuidado com a falta de motivação e a falta do senso de urgência que sobretudo um excesso de dinheiro guardado pode trazer.

4) Boa memória e inteligência: este último item é importante, pois tenho um amigo que passou muito bem colocado pro BNDES praticamente só com essa habilidade. Ele não tinha tempo quase nenhum livre, tinha dinheiro sobrando, mas não tinha como capitalizar esse recurso financeiro sem muito tempo sobrando, e tinha muita inteligência e memória, e uma boa bagagem também de um MBA ou Mestrado que fez. Enfim, o que eu quero dizer é que ser inteligente (conseguir aprender rápido) e ter boa memória (conseguir gravar tudo o que aprendeu rápido) é muito importante. E aqui não adianta ter bom relacionamento, ser criativo, ser pró-ativo, ou ter qualquer uma das características tradicionais da área privada, porque as regras do jogo são diferentes. Salvo exceções (provas orais), no concurso não tem malandragem, não tem entrevista, não tem malícia, tem que estudar pra caralho.

Então, pra concluir esse imenso texto, a questão é que mesmo que você seja, em tese, bom na carreira privada, não significa que você terá o mesmo sucesso na carreira pública. Então, não faz sentido alguém da área privada esnobar um concurseiro, alegando que ele não teve sucesso na área privada, ou que é burro ou vagabundo, pois não necessariamente esse cara da área privada se daria bem fazendo concurso público.

Pois é, era justamente assim que eu pensava, e agora estou quebrando a cara. Estou percebendo, na prática, que não adianta, somente, ser uma pessoa inteligente, perspicaz, um cara pró-ativo e criativo. As habilidades são diferentes. Quem é muito agitado e ansioso pode até ser um ágil e frenético consultor, ou gerente, e trazer bons resultados pra sua firma, mas não necessariamente consegue estudar da forma correta e mais eficaz pra um concurso público. Estou aprendendo, da pior forma possível, que essa mudança não é tão trivial assim, e que eu vou precisar me adaptar pra alcançar meus resultados.

QUAL ESTRATÉGIA ADOTAR? ÁREA FISCAL, POLICIA, BNDES OU BACEN?

Muita gente, no início da maratona dos concursos públicos, se pergunta qual concurso público fazer. Eu mesmo me vejo às voltas com essa pergunta de tempos em tempos, apesar de já estar há 2 anos desempregado.

Na realidade ontem de noite eu estava repensando a minha estratégia de vida (e de concursos públicos), e relembrando onde eu estive e o que andei fazendo nesses últimos 2 anos. Saí da firma onde trabalhava no final de 2010. Fiquei alguns meses descansando, mas já fiz a prova da CMV no final de 2010 (dei uma estudadinha, de leve). Aí, em Janeiro/Fevereiro de 2011 estudei pro BNDES, fiz um cursinho focado pra essa prova (DSc, no Rio de Janeiro). Não passei. Foi aí que eu comecei um período meio "junkie". Viajei pro exterior durante um mês, e quando voltei, fiquei meio sem rumo. Não sabia se estudava pro BNDES de novo, se estudava pro BACEN, se estudava para os dois, ou pra alguma outra coisa. Enquanto não decidia o que fazer da vida, resolvi voltar a tocar guitarra frequentemente, beber 4 dias por semana, e relaxar por uns tempos. Acho que tirei uns bons 6 meses de férias, estudando nada ou quase nada.

Mais para o final de 2011, talvez no último trimestre ou último quadrimestre, percebi que já era tempo de procurar alguma coisa pra fazer. Comecei a procurar cursos pro BNDES novamente. Foi uma época de frustrações, pois como era estávamos numa entre-safra de concursos do BNDES (bem no meio entre um concurso passado e uma possível data de um novo concurso no futuro), havia muito pouco curso disponível. E eu queria fazer aula nos melhores cursos, com os melhores professores, e preferencialmente durante a semana, mais ainda, de manhã. A maioria dos cursos que ofereciam vagas eram pra aulas aos sábados, o que pra mim era um contra-senso, pois se eu tinha a semana inteira livre, pra estudar com cadência, porque teria que agregar todos os dias de estudo num só dia, quando você por sinal fica sem saco pra assistir tantas aulas num dia só, e fica na contramão dos dias livres de todos os seus amigos (quando todo mundo está trabalhando, você está estudando, e vice versa). Por isso optei por não me inscrever num curso aos sábados.

Na realidade me lembrei agora: no final de 2011 eu estava mais é procurando curso para o BACEN. Mas também não havia previsão de cursos para esta instituição porque não havia a menor previsão do próximo concurso. Esses cursinhos agem sob demanda, só abrem turmas se houver efetiva demanda. E como ninguém falava de BACEN há muito tempo, nem se esperava uma prova pra um futuro realmente próximo, não havia turmas abertas, e as que tinham previsão de abertura nunca se concretizavam, por falta de quórum.

Nessa minha procura por curso preparatório para o BACEN, voltei a estudar, bem de leve, mas ainda sem um rumo. O cursinho ajuda bastante a ter uma linha mestra, que define não só O QUE estudar, mas até quando estudar, com qual frequencia estudar, etc. É muito importante ter uma base. Hoje em dia eu tenho uma forma alternativa de fazer essa base de estudos, sem esperar a inscrição num cursinho, que é a utilização do edital passado. Mas depois eu falo sobre isso.

Bem, nessa expectativa de iniciar um curso para o BACEN, com vários cursinhos abrindo as turmas mas depois fechando por falta de quórum, eu resolvi tomar uma atitude, a fim de não ficar sem fazer nada. Me inscrevi para uma turma de BNDES no DSc, dias da semana, à noite, que começaria no início de 2012. Desde o final de 2011 até o início efetivo do curso, estudei muito pouco. Acho que foi nessa época também que tiveram os concursos pra AFO, fiz vários deles, mas não deram em nada. Também, não estudei muita coisa pra eles.

Comecei o curso para o BNDES, e vim estudando regularmente até então. Na realidade até uns 2-3 meses atrás. Estudei basicamente de Janeiro até Maio ou Junho, e depois descambei pro lado do Direito. Me tornei um pouco desiludido com o estudo para o BNDES por alguns motivos: salário nem é tão alto assim, os concursos não têm convocado muitas pessoas pra tomar posse (o último de Engenheiro chamou só 33, o que acho pouco para as quantidades de pessoas chamadas pra outros concursos), não existe necessariamente uma relação de causa-e-efeito entre estudar e se dar bem na prova (ou passar), a maioria das matérias desse concurso não se aplicam a outros concursos, e o concurso é feito só a cada 2 anos, praticamente. Dessa forma, comecei a achar que estudar pro BNDES não valeria tanto a pena assim, e fui deixando-o como segunda opção.

Bem, resumidamente então, larguei o emprego em 2010, estudei pro BNDES num intensivo em Jan-Fev de 2011, fiquei o ano de 2011 praticamente inteiro sem fazer nada, e só no final comecei a procurar um curso pro BACEN. Como não encontrei, me inscrevi pra um curso do BNDES mesmo, que começou em Jan de 2012, e desde então vinha estudando pra ele, até que em meados de Maio resolvi começar a estudar Direito também, pra aumentar meu leque de opções. E qual a minha situação atual?

Bem, minha situação atual é a seguinte: não sei ainda o que vou fazer. Estudar somente pro BNDES é que eu não vou. Estudar pro BACEN pode ser uma opção, tenho que dar uma olhada no último edital para tentar buscar uma área (do banco, pois lá é dividido em áreas de conhecimento) para focar. Estudar pra FISCAL também pode ser uma ótima opção, já que posso aplicar para a área de RECEITA como pra área de ORÇAMENTO.

Ainda estou colhendo informações para decidir, e quero tomar uma decisão que seja de longo prazo. Não quero ficar trocando de área de estudo a cada 6 meses, porque isso vai minar minhas forças, minar meus recursos financeiros, me deixar maluco, e não vai me fazer aprender nada o suficiente pra passar numa prova. Tenho que ter consciência de que o estudo tem que ser para o longo prazo. Não adianta olhar no radar e ver o que está vindo pela frente, tem que escolher uma área "fértil" pra estudar com horizonte de 2-3 anos, e meter as caras.

Creio eu que se estudar as matérias básicas de Direito (Adm, Const, Tributário) e mais Contabilidade, Finanças públicas, talvez um pouquinho de MAt. fin, Estatísticas, eu esteja bem pra fazer quase qualquer concurso da área fiscal, e englobe também alguma das áreas do BACEN (tenho que checar), e alguma coisa de BNDES também. Sei que continuarei fazendo todos os concurso que aparecerem que tiverem pelo menos 50% dessas matérias, pois trata-se de um treinamento/simulado, e também de uma tentativa de passar.

Outra coisa que eu tava pensando ontem é: depois de estabelecer qual vai ser a área de estudos a focar, estabelecer um plano estratégico estruturado, desmembrar em método, tática, indicadores, fazer um Balanced Scorecard, e seguir aquilo com afinco.

O foda é escolher o que fazer e abrir mão do resto. Focar num concurso só é um risco do cacete... Imagina se dá algum problema na instituição e o concurso não acontece? Ou não acontece nos moldes que você esperava? É uma foda mesmo.

Na minha concepção, talvez o ideal a fazer seja escolher uma área de estudos para focar, mas também com uma ou duas áreas secundárias. A área principal então talvez possa ser a FISCAL, e as áreas secundárias sejam: (1) PF e (2) BACEN/BNDES. Acho que assim dá pra ter um leque amplo e ao mesmo tempo garantir o foco.

Próximos passos:

1) Começar a entender como funciona a área fiscal (concursos, áreas, matérias, cursos, etc), e começar os estudos;
2) Dar uma olhada nas áreas do BACEN novamente, pra saber qual delas tem mais a ver com fiscal;
3) Não esquecer de incluir na análise as matérias da PF e do BNDES;
4) Por último, fazer uma grade de estudos de longo prazo que contemple a área fiscal (principal), mas com pitadas das secundárias, com bem menos frequencia e intensidade.

Será que funciona assim?

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

RESULTADO TCE-RJ 2012

Saiu hoje o gabarito da prova do TCE. Conferi meus resultados, e fiquei bem abaixo do que eu esperava. Mandei mal, fiz 2 pontos a menos que o minimo necessário para as especificas (fiz 28 pontos, o minimo era 30), então estou fora do concurso. 

No final, acabei fazendo 17 em 20 acertos em portugues, ou seja, 85% de aproveitamento (por isso que eu falo que portugues nao precisa estudar, dá pra fazer na boa). 

Acertei 4 de um total de 10 em Direito, ou seja, 40% (mandei mal, vou ter que rever o que errei depois que liberarem as provas). 

Acertei 6 de um total de 10 na parte de legislação específica do TCE, que nunca tinha estudado nada (só legislação estadual). Fiz 60%, ou seja, mais do que Direito, que era uma matéria que eu tinha estudado.

Nas específicas, acertei 28 de 30 (47%).  E no total da prova acertei 55% das questões, ou seja, uma pontuação bem baixa, já que minha média histórica é em torno de 70%, ou um pouco acima.

O que eu fiquei mais chateado foi ter mandado mal em Direito, porque eu venho estudando esse assunto há algum tempo. Tudo bem que não foi isso que me eliminou da prova, e sim a parte específica, mas pelo fato de ter feito a prova como treino/simulado, o resultado foi abaixo do esperado.

sábado, 4 de agosto de 2012

SEM PACIÊNCIA PRA ALGUMAS PROVAS

Hoje fiz a primeira parte da prova para o TCE-RJ, e me dei conta de outro fator importantíssimo na vida de um concurseiro. Acho que já falei sobre isso, mas enfim. Esse talvez seja o fator mais importante de todos, o mais essencial, o mais básico, o mais primordial: motivação pessoal.


Existem diversos fatores que podem colaborar com o sucesso na aprovação em um concurso público, dentre eles: dinheiro (seja ele na forma de estoque pessoal, ou uma remuneração qualquer que seja ela, como salário, pensão, mesada, etc), tempo disponível para estudar, disciplina nos estudos, estratégia adequada, acesso à informação/material de qualidade, experiência acumulada, treino/prática e o que eu já comentei: motivação.


Digo isso porque hoje estava sentado na cadeira fazendo a minha prova, e eu só pensava em acabá-la o mais rápido possível, me livrar daquele "problema", sair dali o quanto antes, ir pra casa, etc. Fui tomado por um sentimento de impaciência muito grande, como se estivesse cumprindo com uma mera obrigação, e isso na hora da prova acaba causando muitos erros por falta de atenção. 


De nada adianta fazer a prova sem estar imbuído do verdadeiro espírito do concurseiro guerreiro, que tem gana de ler cada questão, vontade de vibrar com o fato de saber aquele conteúdo com muita certeza.


No meio da prova, quando parei pra refletir sobre a minha impaciência, tentando descobrir porque é que tinha que ler cada questão duas, quatro, cinco vezes até entender o que estava sendo perguntado, é que entendi o que estava acontecendo. E aí comecei a me recordar de quando fiz a última prova para Agente da PF este ano, e reparei a diferença absurda entre as duas. Na prova da PF eu estava super compenetrado, com o "sangue nos olhos", com a atenção muito mais focada na prova. Nesta prova eu estava desatento, com sono, bocejando, sem paciência e com vontade de ir embora.


Isso aconteceu porque, primeiro, esse concurso do TCE não é meu objetivo principal, não é o lugar em que eu desejo muito trabalhar. Além disso a quantidade de vagas é ridícula -- 5 vagas somente, ou seja, muito difícil de passar. A banca também não é a mesma banca das provas que eu vou prestar (eu tinha feito a prova mais como um treinamento, um simulado). Além disso alguns assuntos estavam totalmente fora do meu rol de matérias estudadas. Ou seja, a minha motivação para estar ali fazendo aquela prova era quase zero.


Mas será que valeu a pena ter ido fazer a prova?


Acho que no final das contas, sim. Genericamente falando, porque é bom estar submetido ao processo de fazer provas, ir até o local, sentir o cansaço físico após 5 horas seguidas sentadas numa cadeira, etc. Especificamente, sobre os temas da prova, sim, alguns deles são objetos do meu estudo (ex: Português, Direito, AFO), então a prova serve como um "simulado".


Mas uma coisa que eu tirei de lição desta vez foi o seguinte: se for pra fazer a prova meramente (ou principalmente) como um simulado, e se tiver matérias importantes e não importantes juntas, é melhor começar a prova pelas matérias importantes, as que são objeto do simulado, e portanto dedicar mais tempo a elas. Além disso, no início da prova a mente está mais relaxada, a paciência está maior, então é melhor fazer as questões que realmente interessam logo no início, e só depois fazer (ou não? heheheh) as que sobrarem.


O que aconteceu nessa prova do TCE foi que eu fiz a prova de Direito, que me interessava mais, do meio para o final quando já estava cansado e sem paciência, e com menos tempo de prova sobrando, então acabei não aproveitando a oportunidade para analisar os temas com mais profundidade, com mais calma.


Da próxima vez então, se for pra fazer uma prova como um mero simulado, tenho que levar isso em consideração. 


E também ter a consciência de que, se por acaso surgir um sentimento de impaciência, é por causa da "não importância" ou de uma menor importância daquela prova como objetivo de vida, pois trata-se apenas de um simulado de algumas das matérias. A importância de adquirir tal consciência é no sentido de não achar que se está desmotivado, ou que há algum problema nos estudos. Esses simulados têm que servir para ajudar, e não para atrapalhar. 


Ou seja, não rola de ficar puto que perdeu um domingo inteiro numa sala de aula quente pra fazer um monte de questões de assuntos aleatórios pra um concurso com um salário baixo de uma banca que não tem nada a ver. Tem que mudar a estratégia, com a resolução das questões importantes antes, e ter a plenitude de consciência de que aquilo é apenas um teste, e mesmo que fique puto, entender o motivo, de forma a não prejudicar o bom andamento do processo de estudo ao longo do tempo. Isso é o mais importante.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

CURSO, LIVRO OU APOSTILA?

Bem, já postei aqui sobre minha (péssima) experiência com o curso do Instituto IOB, né? Pois é. Depois que eu cancelei o curso focado na prova pra Escrivão da PF, fiquei meio sem orientação sobre o que estudar, onde estudar, como estudar, etc. Tudo bem que mais de 50% da matéria já havia sido estudada, mas a parte de Direito Processual Penal por exemplo estava zerada, e eu até ontem estava sem uma fonte de consulta.


Então eu teria 3 opções: (a) assinar um curso novo e assistir as aulas; (b) comprar uma boa apostila pra usar como referência (como a do Ponto dos Concursos, que dizem que é muito boa); (c) comprar um bom livro.


A opção (a) ficou complicada pra mim, porque geralmente esses cursos são muito demorados, e não ia dar tempo de assistir todas as aulas até a data da prova. Achei melhor não arriscar. A opção (b) seria uma boa também, mas era mais cara do que o correspondente impresso (livro), e também eu acho que essas apostilas tem uma poluição visual muito grande.


Acabei ficando com a opção (c). Fui na Saraiva Mega Store pra comprar um livro de Direito Penal e outro de Direito Processual Penal. Quando cheguei lá, me senti mais perdido que cego em tiroteio. A quantidade e a variedade de livros de Direito era absurda, fiquei mergulhado num mar de livros sem saber o que escolher. Alguns eram enormes, com vários volumes, pareciam tijolos, com capa dura e tudo, na faixa de R$ 150 cada. 


Pensei que talvez não valesse a pena comprar um livro tão grande por agora, às pressas, às cegas, pois poderia dar um tiro no pé: comprar um livro caro que talvez não fosse tão bom assim e que na realidade não se aplicasse para o que eu estava precisando: uma leitura suave, simples e rápida pra uma prova que vai acontecer daqui a menos de um mês.


Fui então para os livros pequenos, mas aí fiquei com medo de também errar na mão e comprar algo tão ridiculamente simplificado que também não agregasse informação suficiente. O que eu precisava era de um meio termo.


Já quase desistindo de tentar me entender com aquela quantidade de capas de livros na minha frente, pedi uma ajuda ao atendente da loja. Comentei com ele meu caso: que eu não era advogado, e que estava fazendo concurso público que caía Direito, em nível de prova objetiva somente. Pedi a ele pra me recomendar algo não muito grande, mas também não muito pequeno, com base na experiência dele e com base no tipo de livro que a clientela dele normalmente compra nesses casos.


Foi aí que ele me recomendou a coleção "Simplificado" do Fernando Capez. Comprei 3 volumes: Direito Penal Parte Geral, Direito Penal Parte Especial e Processo Penal, num total de R$ 155 à vista.


Comecei a leitura dos capítulos que me interessavam ontem ainda. De início, tive a impressão de ter comprado um texto muito superficial (em comparação aos textos que eu já venho lendo), sem exemplos, sem muitas citações às leis, etc. -- isso em comparação por exemplo à série "Descomplicado" do Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo.


Não sei se fiz uma boa compra, mas agora já está feita. A princípio acho que errei na mão e comprei um livro simples demais, só que na  hora em que eu estava na loja não dava pra ter essa noção, até porque o livro vem fechado, embalado num plástico, e não dá pra ler o conteúdo antes de comprar. Acho isso um absurdo, o cliente deveria ter o direito de avaliar o produto antes de comprar. É por essa falta de transparência (das lojas, do mercado etc) que tem tanta pirataria por aí. Se houvesse uma transparência maior, talvez as pessoas se sentissem mais à vontade e mais confiantes pra fazer as suas compras de livros.


Enfim, acho que daqui a um mês eu vou poder dizer se o livro era realmente superficial demais para o que eu estava querendo, ou não.