quarta-feira, 18 de julho de 2012

MERGULHAR DE CABEÇA

Hoje essa expressão veio à minha cabeça, e vou dizer o porquê. 


Em primeiro lugar, confesso que nas últimas duas semanas mais ou menos venho pesquisando essa questão do concurso público de uma forma mais ampla, sem focar numa área específica, sem focar na minha área de conhecimento atual, sem focar exclusivamente na minha área de formação. 


Comecei a analisar e pesquisar sobre concursos públicos por exemplo da área fiscal, da área de finanças e orçamento público, e vi que existem muitas possibilidades nessas áreas. Muito mais possibilidades do que a área de estudo que venho focando.


Durante o último ano eu vim estudando quase que de forma exclusiva para o BNDES, que contempla matérias que também caem em concursos da área fiscal, mas também uma gama de matérias que praticamente só se aplicam ao BNDES (sustentabilidade, indústrias). Hoje, durante uma aula que estava assistindo no curso, cheguei à conclusão de que é uma grande perda de tempo, e acima de tudo um risco enorme, estudar só para o BNDES.


Comecei a pensar nos últimos concursos que fiz para a área de Administração Pública e Orçamento, ou os que vêm por aí da área fiscal, como o da Receita Federal, do SEFAZ, AFT, etc, e acho que vale bem mais a pena estudar para essas áreas. Não só porque tem uma quantidade maior de concursos e vagas, mas porque existem provas antigas que podem ser resolvidas, livros diversos, fontes de consulta, e o conhecimento agregado para a realização de uma dessas provas pode ser quase que plenamente re-utilizado em provas semelhantes - o que acontece bem menos no caso do BNDES.


Porque o termo "mergulhar de cabeça" foi citado por mim? Porque eu acho que, mesmo estudando com mais intensidade desde o início deste ano, ainda não mergulhei de cabeça nos estudos. Ainda não consegui vestir a camisa de concurseiro, de dedicar realmente muitas horas do dia com esse assunto, de colocar isso como prioridade número 1 da minha vida. 


No meu dia-a-dia encontro muitas distrações, como tocar guitarra, jogar video game, acessar o Facebook, ver televisão, etc. Estudando em casa acabo precisando de muitas horas brutas de estudo para conseguir extrair uma pequena quantidade de horas líquidas efetivamente estudadas. Isso vem me deixando meio frustrado, pois venho perdendo meu tempo para NADA. Não estou conseguindo atingir um resultado bom.


Fiquei pensando também que: estudar para essas duas áreas de forma simultânea permite não somente estar em contato com matérias afins que se aplicam a muitos concursos, mas também estar em contato com muito mais concurseiros, ter à disposição muito mais material de consulta, ter muito mais exercícios e provas antigas pra resolver, e também estar praticamente sempre fazendo concurso, pois quase que uma vez por mês existe uma prova de uma dessas áreas acontecendo. 


Isso permite sobretudo manter sempre aquela "cenourinha" na frente, pois se existe um concurso por mês ou a cada dois meses acontecendo, sempre haverá um edital "ativo" no qual eu poderei me basear e me orientar. Além de poder estar estudando uma gama de matérias que são comuns a várias provas (médio e longo prazo), vou poder ter um norte de curto prazo que vai me dar mais motivação, e acho que isso vai me ajudar a mergulhar de cabeça, no final das contas.


Essa "quantidade" maior de fontes de consulta, de objetivos dentro de um ano, etc, também permite que o ciclo de estudo seja renovado de forma muito mais rápida, fazendo com que os assuntos possam ser mais repetidos, e por consequencia melhor fixados e treinados.


Bem, e o curso para o BNDES que eu estou fazendo? Faltam aproximadamente 25% de aulas a serem ministradas. Minha idéia é frequentar agora somente as aulas que sejam comuns às áreas Fiscal e de Administração Pública (como Finanças, por exemplo). Não vou mais perder meu tempo indo ao curso pra assistir aulas específicas sobre determinada indústria (ex: indústria de TI) que não vou poder aplicar em nenhum outro concurso fora o BNDES.


É foda, porque o aprendizado que você obtém ao estudar pra concurso ninguém pode inserir dentro da sua cabeça. Por mais que você leia livros de concurseiros vitoriosos, que conheça casos de sucesso, que discuta e aprenda as dicas que realmente funcionam, só você é capaz de, através das suas próprias experiências, definir o que funciona melhor pra você, qual a melhor estratégia para a sua vida.


Comecei desde a faculdade fazendo provas pro BNDES e pra Petrobras, sem estudar nada. Fiz várias e várias delas, sem sucesso. Comecei a estudar para o BNDES, fiz mais uma prova (início de 2011), e também não obtive sucesso. Desde então, vim fazendo concursos para a área fiscal e para administração pública, mas sem estudar especificamente pra elas (ex: Direito Adm, Direito Constitucional, etc), ainda relutando em começar a estudar cadeiras de Direito, mas hoje, dia 18/07 de 2012, depois de muito pensar sobre o tema, vi que não tem jeito. Vou ter que mergulhar de cabeça nessas matérias de Direito, mas sem continuar reforçando e treinando meu conhecimento nas demais disciplinas, como Economia, Estatística, Finanças, Administração, Matemática Financeira, Raciocínio Lógico, Administração Pública, Orçamento, etc. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário