quarta-feira, 4 de julho de 2012

MUDANÇA GRADUAL PARA O DIREITO



No início era uma coisa que me assustava. Eu, como Engenheiro de Produção, era radicalmente contra estudar para concursos públicos que exigissem conhecimento em Direito, seja ele o Administrativo, o Constitucional, o Tributário, o Previdenciário, o Eleitoral, o Civil, o Penal, o Comercial, o Internacional, ou qualquer outro. Isso era líquido e certo para mim, mais do que 2 + 2 são 4. Eu tinha uma repulsa por Direito, não admitia "aprender" algo que na realidade deveria ser decorado. Até porque, minha memória é péssima... 


O tempo foi passando, e eu me restringia a estudar as matérias relacionadas aos concursos de Economia, Finanças, Engenharia, que eram Finanças, Matemática Financeira, Estatística, Economia, Contabilidade, só pra citar alguns exemplos. 


Aí apareceram os concursos para o cargo de Analista de Finanças e Orçamento. Veio o do Estado, o do Município, e eu comecei a fazer provas que cobravam conhecimento em Direito. Achava insuportável, não estudava nada, aí chegava na prova e chutava tudo. Algumas vezes mandava bem pra cacete, e outras mandava mal à beça, e não conseguia nem o mínimo necessário, e por consequência era eliminado do certame. 


De uns tempos pra cá, aos poucos, fui rompendo essa barreira. Comecei de forma bem pragmática, resolvendo questões de Direito Constitucional e Administrativo, analisando o gabarito, vendo os comentários dos membros dos fóruns e dos sites de questões de concursos. Comecei aprendendo assim. 


Depois, comecei a perceber que eu não esgotaria os temas em questão trabalhando somente dessa forma. Faltava-me uma base, uma cultura jurídica, que não poderia ser adquirida de forma tão aleatória assim. Eu não entendia uma grande parte das explicações porque me faltava conhecimento jurídico básico, que um advogado deve começar a aprender no primeiro dia de aula e deve continuar aprendendo durante todo o curso, e até mesmo na profissão.


Desde então, passei a ler uns resumos bem básicos de cada matéria, que ajudou bastante a dar uma solidificada na minha base jurídica. Não foi grandes coisas, digamos que eu tenha conseguido mudar de um terreno pantanoso para um terreno de argila. Mas ainda precisava solidificar mais o solo. Nessa época, meu medo inicial e minha repulsa com relação ao Direito estava começando a diminuir. Já conseguia assistir a algumas aulas online, fazer meus próprios resumos, ter minhas anotações, e resolvia cada vez mais e mais questões de Direito. Nessa época já estava aprendendo Direito Constitucional e Administrativo.


Foi quando resolvi fazer prova para a Polícia Civil do Rio de Janeiro e também para a Polícia Federal. Pois é, pro meu desespero, teria que começar a aprender Direito Penal e Direito Processual Penal. Olha só que bacana, agora além de fazer prova para a Polícia, de lambuja eu também comecei a ganhar conhecimento para fazer prova pro Banco Central, e pra vários outros órgãos que cobram o assunto (Direito Penal).


Nesse meio tempo, nos estudos para as Secretarias de Fazenda, pros tribunais de conta, estudei um pouco (esse foi pouco mesmo) de Direito Tributário. Dessa forma, já tinha tido contato com várias matérias de Direito, e meu "medo" diminuía cada vez mais.


Hoje em dia estou fazendo um curso especializado para a Polícia Federal, estou aprofundando bem mais os meus conhecimentos de Direito Administrativo e Constitucional, e aprendendo de forma estruturada a parte de Direito Penal e Direito Processual Penal, além de estudar várias outras leis específicas dessas provas para a Polícia.


Num futuro próximo, pretendo estar bem aprimorado nos "Direitos Básicos", ter mais contato com Direito Tributário, e começar a me preparar pra fazer provas mais difíceis como a da Receita Federal, para os tribunais de conta, etc. Confesso que até estou com vontade de cursar uma faculdade de Direito à noite. Estou pensando na possibilidade para 2013, mas isso eu discuto em mais detalhes num próximo post.

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